Energia que vem do sol
Cada vez mais empresas – grandes e pequenas – têm defendido a importância da inovação, da capacidade de reagir com criatividade às mais diversas situações e, assim, gerar resultados cada vez melhores. O termo “inovar”, e mais que isso, a prática da inovação, amplia os horizontes no mundo dos negócios e na sociedade como um todo. Um caminho, com certeza, para a resolução de problemas e desafios que se apresentam no dia a dia. É fazer diferente o que já conhecemos ou até trazer algo novo. O importante é envolver as pessoas e estar aberto a mudanças.
É isso que defende Ari Piovezani, PhD em Transformação Humana e Inovação pela New York University. E mais, para Piovezani, compartilhar conhecimento é fundamental para isso, é criar ambientes realmente inovadores. Processo esse que pode e deve ser feito com cooperação, com olhares diferentes, pessoas de formações distintas pensando juntas o mesmo problema. E o cooperativismo, esse modelo econômico que aposta no empreendedorismo coletivo para o desenvolvimento econômico e social das pessoas e das comunidades, traz isso não só como discurso, mas como prática. De norte a sul do nosso Brasil, exemplos concretos de soluções inovadoras e, ao mesmo tempo, responsáveis são desenvolvidas por cooperativas, pensando o presente sem esquecer a importância de cuidar do futuro.
Hoje queremos contar a história de cooperativas que estão conseguindo economizar recursos, preservar o meio ambiente e ainda reduzir o risco de um novo apagão no país pela geração da sua própria energia. Isso tudo pensando na sustentabilidade de uma forma global, nas suas três frentes – econômica, social e ambiental –, e investindo justamente em inovação.
São cooperativas que entenderam que até o sol trabalha a favor delas. É ele quem fornece a luz necessária para gerar energia limpa e sustentável àquelas que já descobriram as muitas vantagens de abrir sua própria usina fotovoltaica. E a ideia central não é ganhar dinheiro oferecendo serviços para terceiros, mas sim aliar economia e preservação dos recursos naturais, em uma atuação consciente.
E as cooperativas estão realmente atentas às novas tecnologias de geração de energia limpa. Vamos combinar que estamos falando de uma tecnologia que, além de reduzir significativamente o valor da conta de luz, ainda ajuda a preservar o meio ambiente, protege a empresa contra o aumento das tarifas, reduz a chance de o Brasil viver uma nova crise de distribuição de energia – os apagões – e ainda é capaz de agregar valor aos produtos e serviços das cooperativas. Uma cadeia de benefícios que se reflete em toda a sociedade e chega, é claro, no consumidor.
A Coopercitrus é um exemplo de uma cooperativa que, consciente dessas vantagens, inaugurou a maior usina fotovoltaica agro do Estado de São Paulo. Ela é formada por pequenos, médios e grandes produtores agrícolas das regiões de SP, MG e GO e atende todos eles. Como? Para isso, construiu no seu complexo de grãos, em Bebedouro (SP), uma unidade que consegue suprir as necessidades energéticas de 28 polos, gerando uma economia de aproximadamente R$ 100 mil por mês nas contas de luz.
Esse foi um projeto que começou a ser desenhado com muita dedicação em 2017, quando um grupo de empreendedores estudava maneiras de reduzir os custos fixos da cooperativa. E a conta de luz era justamente um dos gastos que mais onerava a folha da Coopercitrus. Mais economia para a cooperativa, mais economia para os produtores, que são, ao mesmo tempo, cooperados e donos do negócio, mais sustentabilidade para toda a comunidade.
MARCO SUSTENTÁVEL
O José Vicente, que é presidente do conselho de administração da cooperativa, comemora a inauguração do complexo de energia fotovoltaica, afirmando que foi um importante marco, o primeiro passo em direção à sustentabilidade energética de todas as suas estruturas e, futuramente, das atividades agropecuárias de seus cooperados e comunidade. A caminhada já começou e agora a Coopercitrus está ajudando os cooperados a abrirem suas próprias usinas fotovoltaicas.
ENERGIA COMPARTILHADA
Agora, se uma cooperativa sozinha consegue gerar energia suficiente para economizar centenas de milhares de reais, imagine o que duas cooperativas juntas são capazes de fazer!!!
Esse é outro exemplo supernovo e moderno que temos no Espírito Santo, onde acaba de surgir a maior usina de energia compartilhada limpa do Brasil. Localizada no município de Ibiraçu, ela é encabeçada por duas cooperativas, pelo Sicoob Espírito Santo e pela Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi).
Com 3,2 mil placas solares instaladas, o empreendimento é responsável pela produção de energia elétrica para 95 agências do Sicoob e para 87 cooperados — que foram escolhidos levando em conta critérios como tempo de associação, proximidade e interesse pelo projeto.
O investimento realizado na usina — de R$ 4,2 milhões — vai gerar uma economia próxima a R$ 85 mil por mês, além de contribuir diretamente para a preservação do meio ambiente. Para os próximos meses, a expectativa é que a produção seja ampliada por meio da construção de outras usinas, o que vai abrir espaço para a inclusão de novos associados no sistema de energia compartilhada.
São iniciativa interessantes e que podem nos ajudar a construir um futuro melhor para todos, com inovação, sustentabilidade, igualdade e cooperação! Vem com a gente nessa! Conheça, aqui no blog do SomosCoop, outras ações que também podem ajudar a mudar o mundo.