Reportagem especial o poder do cooperativismo
Reportagem especial veiculada pelo Jornal da Band na sexta-feira (30/12) mostrou como o modelo de negócios cooperativista movimenta o país no agronegócio, crédito, consumo, infraestrutura, transporte, trabalho, produção de bens e serviços. Foram evidenciados os indicadores mais relevantes do setor, como número de empregos gerados, o faturamento (ingressos) apurado e o crescimento de cooperados que já chega a 18,8 milhões, o que representa 8% da população brasileira. “O trabalho, a administração e os lucros são compartilhados igualmente entre todos os envolvidos nesse modelo diferente de negócios”, destacou a jornalista Kalinka Schutel, na apresentação da reportagem.
Exemplos concretos das atividades e serviços prestados pelas coops, bem como depoimentos dos cooperados também foram salientados. Maiara Alves, da Cooperativa de Coleta Seletiva da Capela do Socorro (Coopercaps), uma das principais prestadoras de serviço de reciclagem de São Paulo, ressaltou a importância da união entre todos para o sucesso das atividades. “Aqui é união. Sem ela, o material não sai, a venda também não. Não conseguimos trabalhar direito. Somos todos donos da cooperativa”, afirma. “A cooperativa tem a missão não só de reciclar aquilo que as pessoas chamam de lixo, mas de resgatar e reciclar vidas”, acrescenta Telines Basílio, o Carioca, presidente da Cooperacaps.
A foça do cooperativismo no Ramo Saúde foi outro exemplo apresentado na reportagem que demonstrou um pouco do trabalho desenvolvido pela Unimed do Brasil e suas 342 coops espalhadas por todo o país. São mais de 118 mil médicos no maior sistema cooperativo de trabalho médico do mundo, que cuidam da saúde das pessoas e também do negócio. “Para o nosso beneficiário, que é o nosso cliente, o nosso paciente, quando ele se dirige ao médico, está se dirigindo também ao dono do negócio”, disse o ortopedista Gerson Laurito, de Campinas (SP).
A possibilidade de gerar novas oportunidades de trabalho para quem tem poucas alternativas no mercado tradicional foi o exemplo ressaltado na Cooperativa de Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre (Cootravipa), responsável pela limpeza pública de Porto Alegre (RS). Criada há 38 anos, congrega atualmente, 3 mil associados. “Ela nasceu justamente da necessidade que o pessoal de periferia tinha de conseguir oportunidade de trabalho e renda, principalmente para um perfil que não se adequava a esse modelo convencional de mercado”, explicou a presidente Imanjara Marques de Melo.
Egresso do sistema prisional, Alexandre Osório Borges, encontrou no cooperativismo a oportunidade que precisava para deixar o preconceito de lado e conquistar espaço no mercado de trabalho. Associado há dois anos da Cootravipa, Alexandre começou como gari e hoje atua como líder de equipe. “O coop representou o recomeço da minha vida. Deu a oportunidade para que eu pudesse garantir o sustento da minha família e de transformar meus planos em realidade”, afirmou.
Confira a reportagem completa: