As cooperativas são parte da solução para os desafios da crise climática que o mundo está buscando durante a COP30, que acontece em Belém (PA), até 21 de novembro. Presentes em diversos espaços do evento global, as coops estão apresentando exemplos reais de ação climática em áreas como transição energética, bioeconomia, financiamento verde, agricultura de baixo carbono, segurança alimentar e inclusão produtiva.
Ao todo, 74 cases cooperativistas integram a programação da COP30 de forma presencial e digital. Eles serão apresentados em painéis e eventos distribuídos em espaços como a Blue Zone (área oficial de negociações), Green Zone (espaço da sociedade civil e setor produtivo), Agri Zone (organizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa), entre outros. Além da participação presencial, haverá exposição digital de alguns cases nos totens do evento e no portal Coop na COP30, além de campanhas e materiais de divulgação.
“A participação do cooperativismo brasileiro na COP30 posiciona o setor como agente estratégico da transição climática global, reforçando sua contribuição para uma economia de baixo carbono com responsabilidade social e apoio ao desenvolvimento econômico das comunidades onde as cooperativas atuam”, explica Tania Zanella, superintendente do Sistema OCB – entidade que representa as cooperativas brasileiras.
Os cases foram selecionados em todo o país e são uma mostra da ação climática das cooperativas em várias frentes e diferentes ramos de atuação. De Minas Gerais, por exemplo, vem o MinasCoop Energia, desenvolvido pelo Sistema Ocemg em parceria com cooperativas do estado para estimular a construção de usinas fotovoltaicas. Desde 2020, o programa viabilizou a instalação de 138 usinas em 88 municípios. Além de ser utilizada pelas cooperativas, a energia produzida é doada para instituições filantrópicas, fechando um ciclo de transição energética justa.
Outro exemplo da ação climática cooperativista na COP30 vem do Norte do Pará, em plena Amazônia, onde a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta) produz pimenta-do-reino, cacau, açaí, frutas e óleos vegetais em harmonia com a floresta. O Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta) simula o ambiente natural de mata nativa e deu à cooperativa paraense o reconhecimento nacional e internacional. O cacau, por exemplo, é produzido em equilíbrio com a natureza, junto com espécies amazônicas como o açaí, castanha-do-pará e andiroba.
Além dos cases, o público da COP30 também terá acesso a exposições, oficinas e experiências interativas com apresentação de produtos, iniciativas e projetos de cooperativas de todas as regiões do Brasil.
Conheça as coops que estão representando o Brasil na COP30 de forma presencial:
Cooperativa Vinícola Aurora Ltda
Recicle a Vida Cooperativa de Catadores do DF
Cresol Encostas da Serra Geral
Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA
Primato Cooperativa Agroindustrial
Conheça também a lista completa de cooperativas com exposição digital da COP30.
Acesse o portal Coop na COP30 e veja a programação detalhada da participação das cooperativas na Conferência do Clima.