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Bate-papo celebra Dia Internacional da Mulher e reforça potencial delas para o movimento
O SomosCoop marcou presença no Venus Podcast desta sexta-feira (8) para celebrar, em grande estilo, o Dia Internacional da Mulher. No episódio, duas mulheres de destaque no cooperativismo brilharam: Cáthia Rabelo, presidente da Federação Nacional das Cooperativas Médicas (Fencom) e membro dos conselhos de Ética e de Mulheres do Sistema Ocemg, e Lígia Mara Jung, conselheira fiscal da Integrada Cooperativa Agroindustrial.
Em um bate-papo cheio de energia, as líderes compartilharam suas experiências sobre o impacto da presença feminina no mundo cooperativista. Foi uma conversa descontraída e esclarecedora, para além da narrativa de suas jornadas, e que teve como objetivo motivar e inspirar outras mulheres a se destacarem no universo cooperativista, além de mostrar a relevância da presença feminina na criação de um ambiente mais justo e igualitário, em que todos possuem voz e vez nas decisões.
Cáthia Rabelo ressaltou que o cooperativismo necessita do talento e da determinação feminina para alcançar novos horizontes. "A mulher possui características únicas que agregam muito ao movimento, como força, ética e transparência. Somos uma peça importante para impulsionar o cooperativismo além das fronteiras", afirmou.
Para Lígia Mara Jung, o cooperativismo proporciona às mulheres a oportunidade de ocupar espaços que historicamente foram dominados por homens em diversos segmentos. "Ser cooperada me deu coragem para assumir posições de liderança, mesmo em ambientes predominantemente masculinos. Nele, encontrei apoio para avançar", contou.
O diálogo, comandando pelas anfitriãs Criss Paiva e Yasmin Ali, evidenciou que a participação de mulheres entre os cooperados é fundamental para a equidade de gênero e para o alcance de resultados que beneficiam toda a sociedade. Para além da representatividade, o episódio mostrou que o cooperativismo pode trazer independência e capacitação para mulheres em situações vulneráveis, por exemplo.
“Traz um sentimento de pertencimento e de valorização dos nossos potenciais que transforma, efetivamente, trajetórias de vidas”, disse Lígia. “É um modelo de negócios totalmente inclusivo e que merece ser mais conhecido e reconhecido pela sociedade. É uma filosofia que penetra nossas almas”, complementou Cáthia.
Confira o episódio completo em aqui.
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Hoje o dia é especial para as mulheres e o SomosCoop também celebra a participação feminina, cada vez maior e mais efetiva, no cooperativismo. Desde suas raízes, as cooperativas têm sido espaços onde as mulheres encontram oportunidades para desenvolver suas habilidades, contribuir para suas comunidades e alcançar independência econômica. Ao unir forças em uma estrutura coletiva, as mulheres encontram apoio mútuo, solidariedade e uma plataforma para compartilhar suas vozes e liderança. E, claro, contribuem, de maneira significativa, para o avanço e a prosperidade do movimento.
Em todos os ramos de atuação do cooperativismo, as mulheres se destacam como empreendedoras, líderes comunitárias, e agentes de mudança. Seja na agricultura, finanças, habitação, saúde ou qualquer outro segmento, as cooperativas proporcionam um ambiente inclusivo onde as mulheres podem superar desafios, adquirir conhecimento e influenciar decisões. Como um modelo de negócios que busca aprimorar a qualidade de vida de todos à sua volta, o cooperativismo também desempenha um papel vital na promoção da igualdade de gênero.
Por isso, comemoramos e reconhecemos o impacto significativo da participação feminina no nosso movimento e na construção de uma sociedade mais equitativa e resiliente. Mulheres que lideram e participam ativamente de cooperativas atuam também na promoção da justiça social e na criação de oportunidades para as gerações futuras. E elas estão em todos os elos do movimento. O Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2023 revela que a força feminina já representa 41% dos mais de 20 milhões de cooperados. Além disso, 22% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. Elas são presidentes, diretoras-executivas, gerentes, superintendentes, coordenadoras, membros de conselhos, entre outros.
Incentivar, capacitar e apoiar as mulheres em uma jornada pessoal e profissional de oportunidades para que todas cresçam e se destaquem são princípios seguidos dia a dia pelo cooperativismo. Juntos, em um modelo de negócios onde todos ganham, queremos continuar transformando realidades, gerando prosperidade e impulsionando a construção de um mundo mais justo, equilibrado e feliz.
Saiba Mais:
https://www.somos.coop.br/noticias/lugar-de-mulher-e-onde-ela-quiser?highlight=WyJtdWxoZXIiXQ==
https://www.somos.coop.br/noticias/presenca-feminina-no-coop-e-destaque-em-reportagem-especial-da-band-tv?highlight=WyJtdWxoZXIiXQ==
https://www.somos.coop.br/nossas-acoes/com-o-coop-elas-vao-alem?highlight=WyJtdWxoZXIiXQ==
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Quando a inovação se junta com o cooperativismo, o resultado são soluções com benefícios que vão além do econômico, com impacto na vida das pessoas. Esse conceito é conhecido como inovação social, e, apesar de não ser exclusivo do cooperativismo, tem tudo a ver com o nosso modelo de negócio.
“Quando falamos de inovação social, nos referimos ao desenvolvimento de novas soluções para melhorar o bem-estar de pessoas e comunidades. Em essência, trata-se da aplicação de ideias inovadoras para resolver problemas sociais, ambientais ou para promover um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo”, explica o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Costa.
Ao contrário do conceito tradicional de inovação, em que o principal objetivo é buscar soluções competitivas e mais eficientes do ponto de vista econômico, na inovação social o foco é gerar benefícios que possam ser compartilhados com todos, com um enfoque no bem-estar das pessoas e das comunidades.
“O objetivo é criar soluções sustentáveis e de impacto positivo que beneficiem a sociedade como um todo, promovendo equidade, inclusão social, e melhor qualidade de vida", acrescenta Costa. "A inovação social coloca o progresso humano e ambiental no centro de suas atividades, buscando não apenas o sucesso econômico, mas também o desenvolvimento social e a sustentabilidade ambiental.”
Ainda de acordo com o gestor, o próprio cooperativismo pode ser considerado uma inovação social. Afinal, trata-se de um modelo de negócios criado para resolver problemas sociais da época de seu surgimento, em 1844, quando a Inglaterra enfrentava uma grave crise econômica e de desemprego.
Hoje em dia, a relação entre cooperativismo e inovação social se dá de forma ainda mais clara, porque a atuação das cooperativas têm impactos diretos nas comunidades em que estão presentes.
“Uma cooperativa trabalha para atender aos interesses econômicos e sociais de seus cooperados, e, por consequência, as comunidades também são positivamente impactadas. Para se ter uma ideia, de acordo com estudo publicado no Anuário do Cooperativismo Brasileiro em 2023, nos municípios brasileiros onde há presença de cooperativas, a média de PIB [Produto Interno Bruto] por habitante é, em média, 18,6% maior do que em municípios sem cooperativas”, compara Costa.
IMPACTO NO MERCADO
“Iniciativas que focam em responsabilidade social e ações de cooperação com impacto coletivo na transformação social são somadas às novidades, ações de maior eficiência e eficácia, com maior margem para escalabilidade e replicabilidade. Elas são impulsionadas não apenas pela necessidade de responder a desafios sociais e ambientais, mas também pela crescente demanda de mercado, por práticas mais responsáveis e sustentáveis”, afirma o gerente do Sistema OCB.
Um exemplo que mostra bem o impacto de uma inovação social do cooperativismo para uma comunidade e para todo um segmento econômico é o projeto Barracred Conecta, da cooperativa de crédito Barracred, de Barra Bonita (SP). A iniciativa oferece capacitação para jovens em tecnologia da informação integrada a valores cooperativistas. A ideia surgiu em 2023, depois que a cooperativa ampliou seu setor de tecnologia e se deparou com a falta de mão de obra especializada na região.
Com uma estrutura própria que simula o ambiente de uma startup de tecnologia, o programa oferece aulas teóricas e práticas de tecnologia da informação, inglês, treinamento de habilidades pessoais e profissionais, além de um estágio. “Conseguimos capacitar e encaminhar esses jovens para o primeiro emprego, revelando talentos para o mercado. Contribuímos para que eles se tornem protagonistas de suas próprias histórias, transformando sua realidade, a de suas famílias e também a da comunidade em que vivem”, explica a coordenadora de Responsabilidade Social da Barracred, Andresa Baratela.
Além do impacto social direto para os estudantes, o programa ampliou a oferta de profissionais capacitados para empresas da região, que tem se consolidado com um polo de tecnologia. A primeira turma formada pelo Barracred Conecta registrou 75% de contratação após o estágio.
Assim como o projeto de capacitação da cooperativa paulista, o cooperativismo é palco de inovações sociais em vários ramos e em todas as partes do país. As cooperativas brasileiras são referência internacional em inovações sociais com impacto na segurança alimentar e no combate às mudanças climáticas, com benefícios tanto para seus cooperados quanto para a sociedade.
Conheça mais exemplos de inovação social no cooperativismo:
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Intercooperação para geração de energia: No Rio Grande do Sul, a cooperativa de eletrificação Certel se uniu às cooperativas de crédito Sicredi Ouro Branco, Sicredi Integração RS/MS, Sicredi Região dos Vales e Sicredi Botucaraí para a construção da Usina Hidrelétrica Vale do Leite, no Rio Forqueta. Além de garantir a geração de energia limpa e renovável para milhares de pessoas, a inovação social levou a um incremento de renda, empregabilidade e desenvolvimento na região de atuação das coops.
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Energia limpa e solidária: Uma inovação social do Sistema Ocemg incentiva as cooperativas do estado de Minas Gerais a construírem usinas fotovoltaicas para suprir a demanda de suas unidades e doar parte da energia a entidades filantrópicas. Por ano, o Programa de Energia Fotovoltaica do Cooperativismo Mineiro, MinasCoop Energia, beneficia diretamente mais de 4 milhões de pessoas ligadas às entidades que recebem energia limpa das cooperativas.
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Produção sustentável e renda extra: Em uma inovação social com benefícios ambientais no ramo Agronegócio, a Cocamar promove a integração lavoura-pecuária-floresta para sustentabilidade e diversificação de renda dos cooperados. O projeto Super Integração auxilia os produtores cooperados a utilizar de maneira sustentável suas propriedades, e mostra que é possível produzir soja e bovinos de forma harmônica com florestas de eucaliptos, com menos intervenções na terra, menor impacto ambiental e geração de renda extra.
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Pesquisa e capacitação para cooperados: Para impulsionar inovações sociais e projetos comunitários, as cooperativas Coopercitrus e Credicitrus, de São Paulo, criaram em 2019 uma fundação para promover o desenvolvimento de seus cooperados e da comunidade no entorno. A Fundação Coopercitrus Credicitrus atua no desenvolvimento de projetos voltados à pesquisa, educação e meio ambiente, como as iniciativas CooperSemear e CooperNascentes.
“Estes projetos refletem a união entre sustentabilidade, inovação e desenvolvimento social, ressaltando o papel vital das cooperativas na promoção de um futuro mais sustentável”, destaca Guilherme Costa.
Inovação social x projetos sociais Apesar do propósito de beneficiar pessoas e trazer benefícios coletivos, inovação social não é sinônimo de projeto filantrópico nem de ações sociais da agenda ESG – sigla em inglês para Environmental, Social and Governance – que se refere a iniciativas de responsabilidade social corporativa. Para ser inovação, uma ação deve introduzir uma novidade, resolver problemas de maneira mais eficiente, ser sustentável a longo prazo e ter potencial de escalabilidade e replicabilidade. Enquanto projetos sociais ou ações ESG estão ligados a compromissos de responsabilidade social corporativa e objetivos de sustentabilidade da organização, uma inovação social passa, necessariamente, por implementar uma nova ideia. O conceito, produto ou serviço inovador deve atender a necessidades sociais de forma mais eficaz, eficiente ou sustentável do que as soluções existentes. |
Saiba mais sobre inovação social e como colocar em prática na sua cooperativa:
Acesse o InovaCoop, plataforma de inovação do cooperativismo brasileiro e conheça o curso Inovação Social. A capacitação online traz conteúdos sobre o que é a inovação social, quais as estratégias para gerar impacto social positivo e as ferramentas para implementar inovações sociais.
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Você já deve ter ouvido falar em inovação, certo? A palavra faz parte do dicionário do mundo corporativo e descreve a capacidade de gerar valor para um negócio com a criação ou aprimoramento de algum produto ou serviço.
Em um cenário de intensas transformações tecnológicas e de consumo, a inovação tem papel fundamental para aumentar a competitividade em mercados cada vez mais concorridos. E, claro, isso vale também para o cooperativismo.
“Quando se fala em inovação, muita gente pensa apenas em projetos disruptivos ou tecnologias de outro mundo, quando, na verdade, se trata de colocar em prática ideias para gerar mais resultados e entregar mais valor. As cooperativas brasileiras estão sintonizadas com essa agenda e comprometidas em inovar para tornar o coop ainda mais competitivo e representativo”, afirma a analista do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Hellen Beck.
O coop é inovador desde a sua origem e têm se consolidado como um ambiente propício para a criação e desenvolvimento de novas ideias, com espaço e ferramentas adequadas para que elas sejam colocadas em prática.
Confira 5 lições do cooperativismo para o mercado de inovação:
1- Construção coletiva
No cooperativismo, essa regra vale ouro: de forma coletiva é possível alcançar resultados muito melhores. O conceito é justamente a base para a formação de uma cooperativa, que nasce da união de pessoas com um objetivo econômico em comum para atuarem juntas em prol de benefícios coletivos e compartilhados. Além disso, está em um dos princípios do cooperativismo: o da intercooperação, que trata da parceria entre cooperativas para gerar mais e melhores resultados.
Na inovação também é assim. De tempos em tempos, até aparecem na História gênios que realizam, sozinhos, uma descoberta transformadora. Mas é muito mais comum que ideias brilhantes surjam da união de várias cabeças, a partir da troca de ideias e do compartilhamento de experiências, porque a inovação é uma construção coletiva.
Pelo Brasil e pelo mundo, cooperativas têm se unido para inovar e também se juntam com startups – jovens empresas de inovação – em busca de soluções competitivas para negócios em vários ramos de atuação, da agropecuária aos serviços financeiros.
2- Valorização de pessoas
As pessoas são o centro do modelo de negócio cooperativista. Ao contrário das empresas tradicionais, o foco não é o lucro individual, mas o bem estar social e econômico dos cooperados e das comunidades da qual fazem parte.
Por mais que o termo inovação esteja muitas vezes associado à tecnologia, o futuro é construído com ideias e projetos desenvolvidos por pessoas e para pessoas. Uma inovação bem sucedida deve ter impacto na vida de quem vai utilizá-la, sejam trabalhadores durante o processo, consumidores ou usuários de um produto ou serviço.
3- Coragem de começar
A criação de uma cooperativa é sempre um ato de confiança e esperança de construção de um futuro melhor. Pode ser a união de grupo de agricultores em busca de melhores preços para sua produção, de profissionais que querem valorizar seu trabalho e decidem empreender coletivamente, e até mesmo de pais para garantir uma escola de qualidade para os filhos. De pequenas coops de artesãos a gigantes do segmento da saúde, agronegócio e infraestrutura, o Brasil já tem 4.693 cooperativas, que reúnem mais de 20 milhões de cooperados.
Na inovação também é preciso coragem para dar o primeiro passo e tirar do papel ideias que à primeira vista parecem pouco convencionais. Diante de cenários desafiadores, é preciso confiança para apostar em novas formas de fazer e de agir que levem a melhores resultados. Toda inovação nasceu de uma ideia, por isso vale a pena apostar, investir e se capacitar para levar adiante projetos que podem transformar a realidade.
4- Compromisso com o futuro
O cooperativismo é um modelo de negócio justo, democrático e sustentável. Em todos os setores em que atuam, as cooperativas colocam em prática iniciativas ambientais, sociais e de governança que estão transformando não só os próprios resultados, mas gerando impacto positivo para o futuro das pessoas e das comunidades e para a preservação do meio ambiente. As coops também são sustentáveis na dimensão econômica, ou seja, negócios perenes, resilientes, capazes de se reinventar diante de desafios.
A inovação também deve ter compromisso com o futuro. Em meio a desafios ambientais globais como a crise climática, construir soluções que ajudem as pessoas, as cidades e o planeta a mitigar as causas do problema e a se adaptar às mudanças é uma tarefa que requer soluções inovadoras. Assim como a busca pela sustentabilidade - seja ambiental, social ou econômica -, inovar também é um processo contínuo.
5- Resolução de problemas
O cooperativismo nasceu como resposta a uma demanda real de um grupo de trabalhadores de Rochdale, no interior da Inglaterra, em 1844, quando o país enfrentava uma grave crise econômica. Diante da falta de trabalho, escassez de produtos e preços altos , o grupo decidiu montar um armazém coletivo de alimentos para distribui-los entre os associados a preços justos, com benefícios para todos.
Toda inovação também nasce da necessidade de se resolver um problema, seja melhorar um produto, dar mais eficiência a um processo, entre outras questões. Soluções inovadoras surgem para dar respostas a problemas que pareciam sem saída diante das alternativas existentes. É preciso pensar diferente e, claro, transformar ideias em realidade para chegar a novos resultados. E não necessariamente isso passa por tecnologias ou máquinas futurísticas. Trata-se de resolver antigos problemas com novas ferramentas, como a primeira cooperativa fez há 180 anos.
Quase dois séculos depois, o cooperativismo está cada dia mais conectado com a inovação e tem mostrado como o nosso modelo de negócio é capaz de se transformar para atender às demandas dos cooperados e da sociedade.
Sistema OCB e cooperativas brasileiras: parceria para inovar Oito em cada dez cooperativas brasileiras consideram a inovação fundamental para seus negócios e já incluíram o tema em seus planejamentos estratégicos. Para ajudar a tirar as ideias do papel e levar soluções inovadoras para o dia a dia das coops, o Sistema OCB investe continuamente em informação, conteúdo, capacitação, conexão com especialistas, entre outras iniciativas para criar uma verdadeira cultura de inovação cooperativista. Desde 2019, quando lideranças cooperativistas de todo o país definiram a inovação como uma pauta prioritária para o fortalecimento e a sustentabilidade do nosso modelo de negócios, durante o 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), o Sistema OCB tem trabalhado para criar um ecossistema favorável à inovação no coop brasileiro. Em 2022, essa missão ganhou um reforço estratégico com o Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB — área criada especialmente para trabalhar essa temática junto às cooperativas brasileiras. As coops podem contar com soluções, conteúdos e programas de capacitação para os cooperados e colaboradores que querem colocar a inovação em prática, além de ferramentas de financiamento para garantir que as boas ideias sejam executadas. |
Quer saber mais sobre a inovação no cooperativismo?
Conheça a plataforma InovaCoop, que disponibiliza semanalmente conteúdos, ferramentas e cases de inovação do coop.
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Modelo vai além da sala de aula e estimula a resolução de problemas cotidianos
O Brasil possui dois segmentos de cooperativas educacionais: as de pais e responsáveis, que se enquadram no Ramo Consumo e as organizadas por professores, que fazem parte do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços. Essas coops se destacam como modelos de gestão contemporâneos, em que educadores, pais e alunos, em cada uma das propostas, unem esforços para construir uma iniciativa pedagógica solidária e coletiva pautada em valores que promovem a formação de uma sociedade mais próspera, moderna e consciente da sua contribuição.
Os benefícios das cooperativas educacionais se estendem aos estudantes e aos profissionais da educação, pois se baseiam na troca de conhecimento entre seus membros. Essa dinâmica permeia todo o processo de aprendizagem e se diferencia das escolas tradicionais, que se caracterizam por uma estrutura hierárquica. Para Priscilla Coelho, analista técnica de Relações Institucionais do Sistema OCB, o modelo busca transmitir a cultura cooperativista por meio de uma abordagem diferenciada. "O intuito é oferecer melhores condições de ensino, metodologia e infraestrutura frente à concorrência das outras escolas dos municípios", disse.
A abordagem adotada nas cooperativas educacionais vai além da sala de aula convencional e estimula a resolução de problemas e atividades que dividem a responsabilidade com toda a equipe, sendo possível transmitir conhecimento e formar cidadãos críticos, participativos e responsáveis. Essa autonomia, segundo Priscilla, possibilita que o processo de ensino-aprendizagem alie a prática à teoria, a partir dos direcionamentos dado pela qualificada equipe pedagógica a partir das diretrizes bases determinadas pelo Ministério da Educação (MEC).
“Esse tipo de ensino promove um ambiente de aprendizado envolvente para os alunos, porque estimula o desenvolvimento acadêmico ao lado do crescimento social e emocional dos estudantes. As cooperativas educacionais representam uma resposta concreta e inovadora aos desafios do sistema de aprendizagem atual e oferecem uma visão promissora para a construção de uma sociedade mais cooperativa”, acrescentou a analista.
Ainda de acordo com Priscilla, o ensino oferecido pelas cooperativas é voltado para aspectos como a sustentabilidade, ao trabalho colaborativo e às perspectivas de inclusão. "As cooperativas educacionais se mostram como um modelo que ultrapassa os muros da escola e integra os pais e a comunidade ao ambiente escolar", completou.
Saiba mais:
Coops mirins e escolares: empreendedorismo e solidariedade na prática