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Cooperativas são protagonistas da agenda ESG

Três letras têm mudado a forma de fazer negócios em todo o mundo e ganham cada vez mais importância para empresas, consumidores e o mercado em geral: ESG — sigla em inglês para Environmental, Social e Governance que se refere a ações Ambientais, Sociais e de Governança.

A preocupação com os pilares ESG está em alta, mas para as cooperativas o assunto não é novo. Afinal, o cooperativismo já nasceu com foco nas pessoas, na melhora das comunidades, na ética e no cuidado com o meio ambiente — diferenciais reconhecidos, inclusive, pela Organização das Nações Unidas que declarou que as cooperativas são "uma força econômica e social poderosa, que também podem beneficiar o meio ambiente."

De acordo com a ONU, “por ter sua identidade baseada na ética e em valores, as cooperativas entendem que seus negócios não podem perdurar sem boas práticas ambientais, trabalho decente para cooperados e empregados; e tomada de decisão ampla e inclusiva.” 

De fato, em todos os setores da economia em que atuam, as mais de 4.600 cooperativas brasileiras colocam em prática os critérios ESG e lideram iniciativas que estão transformando não só os próprios resultados, mas gerando impacto positivo em cadeia nas comunidades onde atuam. 

Confira, a seguir, exemplos do protagonismo do coop em cada pilar do ESG

MEIO AMBIENTE 

​​Em Cascavel, no interior do Paraná, a Coopavel Cooperativa Agroindustrial investiu em tecnologia e inovação para transformar um passivo ambiental em solução sustentável, em um exemplo de como o "E" da sigla ESG impacta positivamente os negócios.  

Com mais de 600 mil suínos criados por ano, a destinação dos dejetos gerados pelos animais era um problema, já que o material gera gases de efeito estufa e pode contaminar os lençóis freáticos se forem descartados incorretamente. 

A solução encontrada pela Coopavel foi instalar biodigestores na Unidade de Produção de Leitões e gerar energia a partir dos rejeitos gerados na suinocultura. O biodigestor é um equipamento fechado em que a matéria orgânica (urina e fezes dos animais) passa por um processo de decomposição e dá origem a biogás, que alimenta um gerador e produz energia elétrica. Além disso, a decomposição também produz biofertilizantes, ou seja, o que antes seriam dejetos são transformados em energia e adubo, fechando o ciclo da produção sem desperdícios nem contaminação ambiental, em um exemplo de como as cooperativas começam a pensar a economia circular.  

A eletricidade gerada a partir dos biodigestores é utilizada para abastecer a Unidade de Produção de Leitões e já supre metade da demanda energética do local. Nos primeiros 15 meses de operação do sistema de energia renovável, a cooperativa gerou 1.127.869 Kilowatt/hora a partir do biogás, o equivalente a 19 mil horas de energia elétrica disponível. 

Além do impacto direto da economia com a produção própria, a disponibilidade de energia garantiu a melhora da produtividade de toda a planta, que depende de energia para o funcionamento de sistemas automatizados e sofria com os sucessivos cortes de eletricidade da concessionária.

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Fechando o ciclo da sustentabilidade na suinocultura, o biofertilizante produzido nos biodigestores é utilizado nos programas de reflorestamento da cooperativa. A Coopavel também investe na produção de energia solar, para reduzir ainda mais a dependência de fontes não renováveis, e atua em outras frentes ambientais, como na proteção de nascentes e matas ciliares nas propriedades dos cooperados, na reciclagem de resíduos sólidos e na educação ambiental das famílias ligadas à cooperativa. 

“A Coopavel quer estar presente cada dia mais com sustentabilidade. Isso aproxima o cooperativismo dos produtores rurais e atende a uma demanda global, que é a melhoria do meio ambiente, tanto para os cidadãos, como para a preservação de todo o planeta, para o futuro”, afirma o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. 

SOCIAL 

Na Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), de Minas Gerais, há duas matérias-primas principais: o café e as pessoas. Isso mesmo, como em toda cooperativa, o foco está em promover o desenvolvimento dos cooperados e eles têm um papel central em todo o negócio da cooperativa, do plantio à exportação.

Com mais de 17 mil cooperados, produção exportada para mais de 50 países e certificações internacionais, a cooperativa mineira é um exemplo de como a adoção de critérios ESG abre portas para mercados internacionais.  

Para produzir café com responsabilidade social, a Cooxupé dá suporte aos cooperados para que os pequenos agricultores possam produzir de acordo com as exigências internacionais e também tem medidas relacionadas à capacitação, condições de trabalho, saúde, segurança e moradia dos trabalhadores, vedação de mão de obra infantil, entre outras. Em 2021, a cooperativa mineira liderou o ranking ESG da lista de Melhores e Maiores, elaborada pela Revista Exame. 

“Somos uma cooperativa que cumpre seriamente os fatores sustentáveis: ambiental, social e econômico. Entendemos a relevância do ESG e reforçamos aos nossos cooperados de que este tripé é cumprido na Cooxupé. Assim, isto nos traz solidez, com credibilidade reconhecida”, afirma o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo. 

Guaxupe 112

A valorização dos cooperados e a produção de café com excelência estão no foco de iniciativas como o Especialíssimo, um programa interno em que a cooperativa seleciona e premia os 50 melhores lotes de cafés especiais produzidos pelos cooperados. Como o café especial tem mais rentabilidade que o grão comum, a seleção estimula os pequenos produtores a entrar nesse mercado mais competitivo e mais vantajoso. 

A Cooxupé fornece assistência técnica gratuita a todas as famílias cooperadas, com atendimento diretamente no campo por equipes de engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas especializados. Com o apoio da coop, os cafeicultores podem tomar decisões mais assertivas, com foco nas boas práticas agrícolas e no aumento da produtividade. Em 2022, a equipe de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé realizou mais de 80 mil atendimentos. 

A gestão da cooperativa mineira é baseada nas práticas ESG há vários anos e segue implantando inovações nessa área. A mais recente é o Protocolo Gerações, um sistema próprio de indicadores de sustentabilidade criado para atender e responder às demandas globais do mercado e dos consumidores do café da cooperativa. 

 

“O Gerações tem diretrizes e níveis para que a cooperativa e seus cooperados estejam integrados à nova realidade de que a longevidade e a qualidade do grão estão profundamente ligadas a um sistema de produção economicamente sustentável, em harmonia com o meio ambiente e com os produtores, suas famílias e seus funcionários”, explica Melo. 

O sistema define requisitos e compromissos que devem ser cumpridos pela cooperativa e os cooperados, independentemente do tamanho da produção, e classifica as ações de acordo com o nível de comprometimento com a sustentabilidade, que varia de 1 a 4. Todos os cooperados são estimulados a cumprir compromissos mínimos de sustentabilidade (Nível 1) e a aumentar o engajamento para avançar para os demais, rumo a um café cada vez mais responsável.

GOVERNANÇA

Cocamar

Dos três componentes ESG, a governança é o menos identificável à primeira vista, mas está na base de uma gestão sustentável nas três dimensões do conceito. A governança se refere a adotar práticas que aliem interesses das cooperativas e dos cooperados de forma ética, transparente, justa e em conformidade com exigências legais e de boas práticas do mercado. 

A Cocamar Cooperativa Agroindustrial, de Maringá, no Paraná, está na vanguarda dessa agenda e por dois anos seguidos foi eleita a melhor cooperativa do setor agropecuário do país. Com mais de 18 mil cooperados e faturamento de R$11 bilhões, a cooperativa produz de óleo de soja a implementos agrícolas. 

O tamanho e a relevância do negócio da Cocamar exigem uma gestão à altura. Para administrar um empreendimento de mais de 60 anos de forma moderna e alinhada às novas exigências do mercado e dos consumidores, a cooperativa paranaense investiu pesado em ESG nos últimos anos. 

Baseada na transparência e na ética que o modelo cooperativista tem entre seus princípios, a estrutura de governança da Cocamar evoluiu, permitindo que o negócio seja socialmente consciente, corretamente gerenciado e com produção sustentável. A cooperativa é pioneira em seu modelo de gestão, administrada por um Conselho de Administração eleito em Assembleia Geral, com mandato de quatro anos.

“A Cocamar possui também uma estrutura de comitês estratégicos e comitês de governança, responsáveis por deliberar assuntos junto ao conselho e diretoria e assessorá-los quanto a temas como gestão de riscos e crises, ESG, seguros e crédito, segurança da informação, entre outros. Essa estrutura de governança passou por diversas revisões e atualizações ao longo dos últimos 60 anos, sendo essencial para a perpetuidade da cooperativa”, afirma a gerente executiva de governança da Cocamar, Fernanda Volpato. 

Um dos marcos da governança inovadora da cooperativa paranaense foi a elaboração do Manual de Governança da Cocamar, documento que descreve 15 compromissos e políticas para atender os principais impactos da cooperativa. “Os princípios que determinam a política de compromisso são desdobrados em critérios e requisitos, que anualmente passam por auditoria”, explica a gerente de Governança. 

O trabalho contínuo em torno da agenda ESG tem levado a melhorias na competitividade dos cooperados e dos produtos da Cocamar, inclusive no mercado internacional. Além disso, tem garantido reconhecimentos como a certificação Ouro no Selo Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), a entrada do Pacto Global da instituição, e destaque no Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão, realizado pelo Sistema OCB. 

“Uma cooperativa sem uma boa governança não vai a lugar algum e, no caso da Cocamar, o G é um dos seus pilares de sustentação. Por se tratar de uma organização cooperativista e pertencer a 19,3 mil cooperados, a matéria-prima de uma corporação assim é a confiança, o que se mantém e se fortalece prestando um trabalho de excelência e com total transparência nas decisões e prestação de contas, oferecendo a eles absoluta segurança nas suas operações e negócios”, pondera Fernanda Volpato. 

O próximo passo da governança da Cocamar é lançar o primeiro Relatório de Sustentabilidade da cooperativa dentro do padrão GRI, sigla em inglês para Global Reporting Initiative, o mais utilizado no mercado e que contém uma série de parâmetros internacionais para ajudar instituições a comunicar o impacto de suas atividades. 

Saiba mais sobre a Cocamar no episódio do SomosCoop na Estrada na cooperativa:

https://www.youtube.com/embed/W0exvbVQVsk?si=whgSa5SyV0Km6pSO

 

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Outubro celebra o poder das cooperativas de crédito

Hoje é dia de celebrar o poder transformador das cooperativas financeiras. Todos os anos, a terceira quinta-feira do mês de outubro é destinada para a comemoração do Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC). A data,  celebrada há 75 anos, foi instituída pelo Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu), que, para este ano, tem como tema Apoiando pessoas, impulsionando negócios e transformando comunidades.

“Empoderamento é poder transformar desejos em realidades. É visualizar que é possível alcançar objetivos e buscar viabilizá-los e prosperar coletivamente fazendo o bem para si e para o próximo. Muitas pessoas e comunidades foram e são transformadas constantemente pela presença de uma cooperativa financeira na região. Em lugares mais distante e improváveis, as coops de crédito oferecem serviços que verdadeiramente impulsionam sonhos”, defende o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Com atendimento próximo e humanizado, as coops têm a habilidade de orientar as pessoas, cooperadas ou não, de acordo com seus propósitos mais específicos. Além disso, impactam profundamente na inclusão e na educação financeira, o que possibilita a melhora na qualidade de vida de milhões de brasileiros e permitem o acesso a produtos e serviços financeiros com preços mais justos. São, atualmente, 728 cooperativas espalhadas em todas as regiões com uma rede de mais de 9 mil unidades de atendimento, a maior em postos físicos do país.  Em 332 municípios, as cooperativas de crédito são, inclusive, a única instituição financeira presente.

A contribuição das cooperativas de crédito para o Sistema Financeiro Nacional (SNF) também é relevante e soma, em volume de depósitos totais, mais de R$ 352 bilhões, de acordo com dados do Banco Central, que indica ainda um volume de operação de crédito superior a R$ 361 bilhões (7,05% do SFN). “Elas representam a solução para que a prosperidade alcance todos os cantos do país", acrescenta Márcio Freitas.

Para as comemorações deste ano, o Sistema OCB lançou o e-book Porque escolher as cooperativas de crédito? e o podcast Os segredos do cooperativismo de crédito. O SomosCoop na estrada também visitou cooperativas de crédito e os detalhes podem ser conferidos nos episódios Sicredi Planalto Central, Sicoob Centro-Sul, Sistema Alios e Cresol.

Fachada da cooperativa fictícia da novela Terra e Paixão
Fachada da cooperativa fictícia da novela Terra e Paixão
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Novela Terra e Paixão destaca diferenciais do modelo de negócios coop

Os diferenciais e benefícios do modelo de negócios coop voltou a ser destaque na novela Terra & Paixão, da TV Globo. Em reunião com potenciais novos cooperados, a personagem Lucinda (Débora Falabella) descreve algumas das contribuições que as cooperativas agro trazem para seus associados. “Eu começo explicando que para o pequeno e médio produtor é muito vantajoso estar ligado a uma cooperativa. Isso porque como se diz, a união faz a força e, nesse caso, faz toda a diferença”, afirma.

Lucinda é gerente da CoopAtiva, localizada na cidade fictícia de Nova Primavera, e continua sua apresentação ressaltando outras características relevantes do movimento. “O cooperado vai ter produtos mais acessíveis e vai ter também como escoar sua produção com muito mais facilidade. Ele vai ter o acompanhamento de engenheiro agronômo e de outros profissionais que são indispensáveis para uma boa produção”, relata.

A personagem mostra então uma foto do engenheiro agronômo Hélio (Rafa Vitti) que presta asssessoria aos cooperados e explica detalhes sobre como se associar à cooperativa. “Basta prencher alguns formulários aqui conosco e apresentar as documentações necessárias”, completa.

O Brasil conta com mais de 1,1 mil cooperativas agro com mais de um milhão de cooperados. O ramo também é o que mais emprega, com cerca de 250 mil postos de trabalho diretos. Além disso, as cooperativas agro são responsáveis por mais 50% dos grãos produzidos no país.

Em outra cena, exibida no dia 18/09, o cooperativismo de crédito foi evidenciado pelo personagem Odilon (Jonathan Azevedo), dono da academia da cidade e cantor de sucesso que faz dupla com Kelvin (Diego Martins). Odilon procura a agência do Sicoob para saber se a instituição financeira tem algum diferencial para pequenos empreendedores como ele. A gerente da agência apresenta alguns dos produtos oferecidos pela cooperativa e como é fácil se associar. “Vou indicar o Sicoob para todos os meus alunos”, afirma Odilon.

A relevância do coop também ganhou espaço entre as crianças da novela. No dia 12/09, os personagens mirins Rosa (Maria Carolina Basílio), João (Matheus Assis) e Christian (Felipe Melquiades) apresentam aos pais trabalhos de fim de semestre em evento organizado pela escola. O de Rosa é sobre a agricultura familiar. Já o de João é Christina é sobre o cooperativismo.

“A cooperativa é uma organização social que ajuda pequenos produtores e quando eles têm lucro, eles dividem esse lucro. Já quando eles gastam, todo mundo divide as despesas”, contam os meninos. “A minha mãe é gerente da cooperativa”, acrescenta Christian. “E a minha é uma pequena produtora”, completa João.

Confira outras matérias em que o cooperativismo foi citado na novela: 

https://www.somos.coop.br/noticias/mulheres-na-agricultura-alines-da-vida-real-encontram-apoio-no-cooperativismo

https://www.somos.coop.br/noticias/terra-e-paixao-cooperativa-de-credito-tera-papel-importante-na-novela

 

 

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Combate ao aquecimento global: cooperativa mineira investe em caminhão de transporte de carga elétrico

Cada vez que um caminhão de carga roda 100 quilômetros por uma rodovia, 77 quilos de gases de efeito estufa são lançados na atmosfera com a queima de combustível. Agora imagine multiplicar esse número por 2,5 milhões – tamanho da frota de caminhões de carga do Brasil, segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) – e considerar as longas viagens que cada um faz pela imensa malha rodoviária do país. São muitas toneladas de gás carbônico lançadas na natureza, contribuindo diretamente para o aquecimento global.

Nesse cenário e diante do agravamento cada vez mais rápido das mudanças climáticas, cada caminhão movido a diesel ou gasolina substituído por um veículo elétrico — que não emite gases de efeito estufa na atmosfera — ajuda no combate ao aquecimento global. 

Ciente da situação, a Cooperativa de Transportadores Autônomos de Cargas e Passageiros da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Coopmetro) investiu, este ano, no primeiro caminhão elétrico de sua frota. Objetivo? Tornar o transporte rodoviário de carga mais sustentável. 

O veículo não depende de combustível, não polui o ar e não emite ruídos. Para reduzir ainda mais a pegada ambiental – medida que calcula o impacto de uma ação sobre os recursos naturais – o motor é abastecido por energia elétrica renovável, gerada em uma usina solar. 

O caminhão elétrico da Coopmetro tem autonomia de 150 km por carga de bateria. Para a recarga, são necessárias entre seis e oito horas. O projeto-piloto começou com um veículo elétrico alugado em parceria com um dos clientes da cooperativa, também interessado na prevenção e no controle do aquecimento global. 

“Temos avaliado os pontos fortes e fracos do projeto", explica o diretor da Coopmetro, Evaldo Moreira. "A avaliação está focada nos quesitos de custos, desempenho, impactos ambientais e atuação mercadológica. O custo do veículo é mais alto em comparação com os caminhões a combustão, devido às baterias caras. A manutenção também é um ponto de atenção, devido a alguns componentes importados.” 

COMPROMISSO SUSTENTÁVEL

Apesar de os veículos elétricos ainda custarem muito caro no Brasil, o investimento da Coopmetro se justifica pelo compromisso da organização com a sustentabilidade. 

"Queremos seguir uma agenda ESG, tornando nossa atuação mais sustentável em todos os aspectos", explica Evaldo. “É papel de cada um de nós investir tempo e recursos em projetos que apontam para a promoção do bem-estar das pessoas e do planeta, incluindo-se aí o combate ao aquecimento global.”

Até agora, segundo o diretor da Coopmetro, os resultados têm mostrado que investir em caminhões elétricos vale a pena. 

“Avaliando o aspecto econômico, os resultados diretos são economia de recursos, devido à eficiência energética e menos gastos operacionais. E também demonstramos nosso compromisso com a responsabilidade ambiental, atraindo clientes e investidores preocupados com esse tema do combate ao aquecimento global”, explica. 

A frota elétrica também protege a cooperativa dos riscos da volatilidade de preços do petróleo, fator que impacta diretamente a operação e os ganhos.

ABASTECIMENTO

Apesar da atuação pioneira da Coopmetro, a operação de caminhões de carga movidos a eletricidade esbarra em fatores externos, como o alto custo dos veículos e a infraestrutura de recarga de veículos elétricos no Brasil, que ainda é insuficiente. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), há 3,8 mil eletropostos públicos ou semipúblicos em todo o país, mas a maior parte está concentrada nos grandes centros urbanos. 

Na fase-piloto, os caminhões elétricos da cooperativa mineira vão circular no raio da autonomia das baterias: 150 km. “Hoje o abastecimento é feito em bases do cliente, o que nos limita em autonomia de expansão geográfica. Estamos construindo usinas de energia solar para oferecer grande parte dessa produção energética para movimentar nossos motores”, antecipa o diretor da Coopmetro. 

Os planos da cooperativa para a frota elétrica também incluem a intercooperação com outras organizações cooperativistas para investir em novos veículos, parcerias com entes públicos e privados para melhorar a infraestrutura de abastecimento, e ampliar o conhecimento sobre a manutenção desse tipo de veículos. O objetivo é unir o coop mineiro em torno do combate ao aquecimento global.

PLANO ESTRATÉGICO SUSTENTÁVEL 

Além da frota de caminhões elétricos, a Coopmetro investe em outras ações sustentáveis como parte de seu planejamento estratégico. O impulso para essa atuação foi o Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas, do Sistema OCB, ao qual a coop aderiu em 2013. 

“A partir do programa, criamos um comitê de ESG que, entre várias outras ações, apontou para a importância de conhecermos melhor o modelo de frota elétrica, no intuito de reduzir nossos custos, nossas emissões de poluentes, pegada de carbono e contribuir para atendimento das metas ambientais e do combate ao aquecimento global”, conclui Evaldo.  

SERVIÇO

Quer conhecer um pouco mais sobre a Coopmetro? Assista ao episódio do SomosCoop na Estrada.

Para saber mais sobre o projeto de combate ao aquecimento global da cooperativa, clique aqui. 

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Cooperativismo em evidência na edição das Maiores e Melhores 2023

Há mais de 50 anos, a Revista Exame observa as mudanças que formaram o cenário econômico do Brasil e do mundo. É um veículo que analisa o desenvolvimento profissional e empresarial do país em frentes como educação, investimento e eventos. Desde 1974, a revista também elabora o ranking Maiores e Melhores, publicação especial que aponta as empresas de maior relevância do Brasil nos mais diversos setores de atividade.  

Este ano, as cooperativas brasileiras ganharam destaque no ranking da revista, com foco especial no setor agropecuário. A matéria Unidos cresceremos mostra como o campo desempenha papel fundamental no fortalecimento das cooperativas do Brasil. 

Segundo reportagem, entre as dez maiores cooperativas listadas no Anuário do Cooperativismo 2023, nove pertencem ao Ramo Agro. A Coamo, do Paraná, lidera a lista seguida pela Comigo, de Goiás, e da Cocamar, também paranaense. Em entrevista, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que as cooperativas agropecuárias formam a base do cooperativismo. "Elas são a nossa âncora fundamental", afirma 

Outro destaque é a matéria que aborda a força do agronegócio nacional Bilhões de Grãos. A revista ressalta que a colheita brasileira cresceu 577% em 50 anos e que a produção agrícola é responsável por um quarto do PIB brasileiro, tendo se consolidado com a grande força da economia do país. De acordo com o ranking, mais da metade dessa produção vem das cooperativas. "O forte da produção agrícola está dentro do sistema cooperativo, sendo 71% dos agricultores ligados às cooperativas com perfil familiar", ressalta Márcio Freitas.  

A edição Maiores e Melhores de 2023 também inclui as cooperativas no ranking das organizações envolvidas com a pauta de ESG. A matéria Metas para cooperar com a sustentabilidade traz informações apresentadas por Elias José Zydek, presidente executivo da Frimesa, que congrega produtores rurais do Sudoeste do Paraná, de que a cooperativa pretende zerar as emissões de carbono direto até 2040. "Por sua natureza, o sistema cooperativo traz embutido muito do social e da governança. Agora, soma-se a esses pilares a preocupação com as questões climáticas e ambientais", disse.  

A edição completa da revista Maiores e Melhores 2023 pode ser acessada aqui.  

 
 
 

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