Imagem ilustração da campanha somoscoop
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Bora Cooperar? Movimento incentiva um mundo mais justo

Já imaginou viver em um mundo onde todos cooperam? Um lugar mais justo, sustentável e cheio de oportunidades? Esse é mote principal proposto pela campanha Bora Cooperar por um mundo melhor, lançada pelo SomosCoop para mostrar como o cooperativismo transforma a vida das pessoas e do planeta. 

Em 2025, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o Ano Internacional das Cooperativas, um reconhecimento global do impacto positivo do cooperativismo no desenvolvimento econômico, social e ambiental. Esse é o momento ideal para levar essa mensagem ao maior número de pessoas e reforçar que cooperar é um caminho sólido para a construção de um futuro mais equilibrado e inclusivo. 

A campanha foi pensada para engajar toda a sociedade, desde cooperados e colaboradores até consumidores que desejam fazer escolhas mais conscientes. Ao longo do ano, serão lançadas ações estratégicas para inspirar, informar e mostrar, na prática, como o cooperativismo constrói um mundo melhor.  

Na primeira etapa, de março a junho, a ideia é sensibilizar o público sobre o impacto do cooperativismo, com a provocação: Bora Cooperar por um mundo melhor? A segunda fase, que acontece de julho a setembro, vai destacar o impacto real das cooperativas na vida das pessoas, com a apresentação de histórias de quem já faz a diferença e como esse modelo de negócios contribui para o desenvolvimento de comunidades e a prosperidade de pessoas em todo o Brasil.  

Já a terceira fase, entre outubro e dezembro, mostrará o cooperativismo como protagonista da agenda ESG, com foco na sustentabilidade e alinhamento com as discussões da COP30, que acontecerá em novembro no Brasil. 

A campanha será veiculada em diversos canais de comunicação, para ampliar seu alcance e impacto. Na televisão, o programa Mais Você, da Rede Globo, trará um bate-papo especial entre Ana Maria Braga e Louro José sobre o papel das cooperativas na construção de um mundo mais justo e colaborativo, com destaque para o carimbo SomosCoop, um guia para o consumidor que deseja apoiar essa transformação.  

Nas redes sociais, nomes como Carlinhos Brown, Thaynara OG, João Vitor de Paiva e Glória Pires farão interações com seus seguidores para refletir sobre o que torna um mundo melhor, promovendo o engajamento do público com a campanha. 

Durante as celebrações do #CoopsDay, em 5 de julho, grandes capitais do Brasil receberão projeções especiais em prédios icônicos para reforçar a importância do movimento na sociedade.  

A campanha já começou. Bora fazer parte dessa transformação?  

O futuro pode ser mais justo, sustentável e cheio de oportunidades para todos. E ele começa com um convite: Bora cooperar por um mundo melhor? 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Saiba Mais: 

https://www.somos.coop.br/noticias/3-li%C3%A7%C3%B5es-do-fil%C3%B3sofo-cl%C3%B3vis-de-barros-filho-sobre-o-cooperativismo  

https://www.somos.coop.br/noticias/cooperativismo-%C3%A9-o-%C3%BAnico-modelo-de-neg%C3%B3cios-a-ganhar-um-ano-de-homenagem-da-onu-por-duas-vezes 

https://www.somos.coop.br/noticias/sustentabilidade-sera-foco-do-coop-na-cop30  

foto com o carimbo somoscoop
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5 boas razões para confiar no cooperativismo

A confiança é um dos elementos básicos de qualquer relacionamento, seja entre pessoas ou instituições. Para os consumidores, ela também é fundamental, afinal, é importante estar seguro sobre a origem de um produto, em que condições ele foi fabricado, qual seu impacto para o meio ambiente, entre outras questões relevantes. E sabe que modelo de negócio garante confiabilidade em tudo isso? O cooperativismo. 

Baseado na união, no trabalho coletivo e com foco em gerar resultados que beneficiem as pessoas e as comunidades, o cooperativismo está alinhado às demandas dos consumidores conscientes. Além de produtos e serviços de qualidade, as cooperativas inspiram confiança por fazer negócios de forma ética e sustentável, com inclusão, apoio à diversidade e transparência, elementos que ajudam a criar uma conexão verdadeira entre quem produz e quem compra.  

Além disso, as cooperativas atuam com base em princípios e valores que têm tudo a ver com confiança, como intercooperação, gestão democrática e responsabilidade.

Quer saber mais? Reunimos 5 boas razões para confiar no cooperativismo:

1. Cooperativas têm forte impacto na economia brasileira

Onde tem cooperativa, tem mais emprego, mais renda e mais prosperidade. Os dados estão em uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e o Sistema OCB, publicada no Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024. De acordo com o estudo, municípios que contam com a presença de cooperativas apresentam, em média, um incremento de R$ 5,1 mil no Produto Interno Bruto (PIB) por habitante. Além disso, registram um acréscimo de 28,4 empregos por 10 mil habitantes e de 14,8 estabelecimentos por mil habitantes.

As cooperativas contribuem com 5,2% do PIB brasileiro, empregam mais de 550 mil pessoas e representam 6% da massa anual de rendimentos do trabalho. Presentes em vários setores da economia, elas são responsáveis por metade da produção de grãos do país.

2. Cooperativas são comprometidas com a sustentabilidade 

As cooperativas não focam apenas em resultados financeiros, pelo contrário, elas têm compromisso com o desenvolvimento social, ambiental e com a ética e transparência nos negócios. Esses diferenciais atendem ao conceito de ESG (do inglês Environmental, Social and Governance, que, traduzido para o português, significa Ambiental, Social e Governança). O termo tem se consolidado no mundo corporativo há alguns anos, mas é implementado pelas cooperativas há muito mais tempo. 

Com sustentabilidade ambiental, social e econômica, as cooperativas mostram que é possível produzir e prosperar respeitando as pessoas e os limites da natureza. No coop, o objetivo é garantir as demandas das atuais gerações sem comprometer o futuro das próximas.

Para que o coop brasileiro esteja cada vez mais alinhado a essa agenda, o Sistema OCB desenvolve uma série de ações para apoiar a implementação de ações ESG nas cooperativas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 .Cooperativas contribuem para o desenvolvimento econômico e social 

A presença de uma cooperativa garante melhores indicadores sociais e econômicos em um município. Além de gerar trabalho e renda, elas estimulam negócios locais, apoiam pequenos empreendedores, promovem a educação e desenvolvem ações sociais para a comunidade. Segundo pesquisa do Sistema OCB e Fipe, em cidades com cooperativas, há menos famílias no Cadastro Único e beneficiárias do Bolsa Família e mais matrículas no ensino superior. 

No coop é assim, os resultados financeiros sempre vêm acompanhados de impactos positivos para as comunidades, uma forma de não deixar ninguém para trás e garantir que as pessoas possam prosperar juntas. 

Espalhadas pelo Brasil, as cooperativas de crédito promovem inclusão financeira e acesso a crédito nos lugares mais remotos do país; as coops de saúde garantem atendimento de qualidade e humanizado; as do segmento agropecuário produzem alimentos com sustentabilidade; as de infraestrutura levam energia a áreas rurais, entre muitos outros exemplos de impacto econômico e social. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4. Cooperativas são inovadoras

As cooperativas investem em inovação para gerar resultados e desenvolver soluções que melhorem a vida dos 20,4 milhões de cooperados que confiam no nosso modelo de negócios. O tema inovação está presente na cultura e na gestão cooperativista e faz parte do planejamento estratégico de 79% das cooperativas do país, conforme dados da Pesquisa de Inovação do Cooperativismo Brasileiro, realizada pelo Sistema OCB. 

As coops inovam em áreas como agricultura de precisão, produção sustentável, novas tecnologias de atendimento aos cooperados, automatização de processos e transformação digital. No coop, os investimentos para inovar são feitos tanto internamente quanto em colaboração com outras cooperativas e em conexão com outras instituições, como as startups. 

Além disso, o coop é protagonista na inovação social, em que o desenvolvimento de soluções visa impactos que vão além do econômico, com benefícios diretos para o bem-estar e qualidade de vida das pessoas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5. O cooperativismo é um bom negócio

O cooperativismo tem benefícios para quem produz, para quem consome e gera impactos positivos para a comunidade, é por isso que podemos afirmar: o coop é um bom negócio. E os brasileiros sabem disso. De acordo com a Pesquisa de Imagem do Cooperativismo 2023, oito em cada pessoas consideram o coop moderno, atual e inovador. 

Para quem produz, o cooperativismo garante trabalho, renda e participação democrática nas decisões dos negócios. Para os consumidores, as vantagens são produtos e serviços de confiança, com garantia de procedência e preços justos e competitivos. 

Em todos os setores da economia em que atuam, as coops fazem a diferença e mostram que é possível produzir e consumir de forma justa, consciente e sustentável.

Carimbo SomosCoop

Viu só? Motivos não faltam para confiar, consumir e fazer negócios com uma cooperativa! Em todo o Brasil, 4.509 coops representam um modelo econômico de confiança, inovador e sustentável, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) por construir um mundo melhor. Você também pode fazer parte dessa transformação consumindo produtos das cooperativas. É fácil encontrá-los: eles têm o carimbo SomosCoop, uma marca que nos representa e garante que os itens foram produzidos com respeito às pessoas e ao meio ambiente.

 

Montagem com imagens do somoscoop em diferentes momentos
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Movimento SomosCoop conquista cada vez mais brasileiros

Em 2018, o cooperativismo brasileiro ganhou a marca SomosCoop, criada para espalhar o movimento por todo o país. E não é que deu certo? Desde o início, a ideia foi mostrar que o cooperativismo vai muito além do que a gente vê por aí. Ele está presente nos mais diversos setores da economia e representa um jeito de empreender de forma coletiva e colaborativa. Junto com o lançamento, também foi divulgado o seu primeiro manifesto, que reforçava o compromisso do movimento em promover o engajamento com a causa. 

Samara Araujo, gerente de Marketing e Comunicação do Sistema OCB, entidade de representação máxima do cooperativismo no Brasil e responsável por coordenar a aplicação da marca, acredita que o  SomosCoop tem um papel importante na hora de ressaltar os valores essenciais do movimento. Para ela, a marca gera laços mais profundos e emocionais com o público. “O SomosCoop realça o propósito do cooperativismo. Assim, é possível criar uma conexão verdadeira entre as pessoas e o movimento, em busca de um mundo mais justo e equilibrado por meio da cooperação”, afirma. 

Em 2018, uma pesquisa realizada pela entidade revelou que só 44% das pessoas conheciam o conceito de cooperativismo. Mas, com algumas ações bem planejadas, como campanhas de mídia, parcerias com influenciadores e participações em programas de TV populares, o SomosCoop conseguiu conquistar o público. E os resultados foram ótimos: em 2023, a uma nova pesquisa mostrou que 77% da população já sabia responder o que é cooperativismo. 

Essa conquista não aconteceu por acaso. O movimento foi marcado por várias iniciativas de sucesso. Uma delas foi a parceria com o ex-tenista Gustavo Kuerten nas campanhas Nova Onda e Vem Ser Coop, tudo ao seu redor já é. Ele vestiu a camisa do coop e mostrou ao Brasil que fazer negócios de forma colaborativa é algo inovador e cheio de potencial.  

Outra iniciativa de sucesso é a websérie SomosCoop na Estrada. Comandada pela jornalista e apresentadora Glenda Kozlowski, ela percorre o Brasil para contar histórias reais de transformação e superação no cooperativismo. Com três temporadas no ar, lançadas em 2022, 2023 e 2024, o programa compartilha histórias reais de superação e transformação vividas por cooperativas e seus cooperados. A cada episódio, a série mostra como a cooperação pode mudar vidas, fortalecer comunidades e gerar um impacto positivo onde quer que vá. 

Em 2019, o movimento também lançou o carimbo SomosCoop, que facilita a vida dos consumidores ao identificar produtos e serviços oferecidos por cooperativas. Com essa marca nas embalagens, é fácil identificar que a compra é  baseada em valores como solidariedade e transparência. 

E não para... O SomosCoop marcou presença em podcasts populares como BrainCast e NerdCast, e no canal PodCooperar. A mensagem chegou ainda a grandes emissoras de TV, como a Band, no programa Melhor da Noite, para espalhar ainda mais a palavra do cooperativismo. Já na Rede Globo, o programa É de Casa destacou o coop como um verdadeiro transformador de vidas, enquanto o programa Encontro com Fátima Bernardes jogou os holofotes para o Movimento SomosCoop e ressaltou o grande potencial econômico do modelo de negócios. 

A campanha #BoraCooperar chegou em 2023 para mostrar ao Brasil como o cooperativismo pode impulsionar o desenvolvimento socioeconômico. Com o slogan E se em vez de competir, a gente decidisse cooperar?, a iniciativa trouxe o impacto do modelo de negócios em áreas como produção de alimentos, saúde, inclusão financeira e cuidado com o meio ambiente. E quem ajudou a espalhar essa ideia nas redes sociais foram influenciadores de peso, como os ex-BBBs Thelma Assis, João Luiz e Caio Afiune que compartilharam suas vivências ligadas à cooperação. A campanha também ganhou um jingle exclusivo, com versões em quatro estilos musicais capazes de animar os ouvintes tanto nas mídias tradicionais quanto nas digitais. 

Para deixar claro que O cooperativismo é um bom negócio, foi lançada em 2024 uma nova campanha. O objetivo foi reforçar que o cooperativismo é uma escolha cheia de benefícios para todos, com destaque para suas vantagens econômicas em qualquer ramo de atividade. Disponível em vídeos, redes sociais e até spots de rádio, a iniciativa espalha uma mensagem de impacto positivo.  

Já a websérie #BoraEntender ganhou vida no canal do SomosCoop no Youtube. Ela veio para descomplicar o cooperativismo, explicando, de forma leve e acessível, o que é, como funciona e quais são seus princípios. O primeiro episódio já foi para o ar e mostra como o cooperativismo ajuda a promover prosperidade e desenvolvimento, com uma visão prática e super educativa.  

Em 2025, é a vez da campanha Bora Cooperar por um mundo melhor, que será lançada no dia 10 de março. O tema faz referência ao Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em reconhecimento às contribuições que o modelo de negócios traz para o desenvolvimento de comunidades, promoção de inclusão social, sustentabilidade e justiça. 

Confira um breve histórico do que o movimento SomosCoop fez até aqui:

ilustração de pessoas em dúvida sobre alguma coisa.
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Mitos e verdades sobre o cooperativismo

O cooperativismo tem ganhado cada vez mais destaque no cenário econômico global. A ONU declarou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, reconhecendo a sua importância para a construção de um futuro mais justo e sustentável. Apesar disso, o cooperativismo ainda é alvo de alguns equívocos e ideias preconcebidas.

Neste artigo, vamos desmistificar 8 mitos comuns sobre esse modelo de negócios. Veremos como as cooperativas se destacam em diversos setores, impulsionando a economia, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento social. Sem fake news! Veja porque algumas percepções sobre o coop estão erradas!

Desvendando 8 mitos sobre o cooperativismo

O cooperativismo é diferente de outros modelos de negócio tradicionais, mas isso não significa que ele não seja competitivo, inovador e sólido. Pelo contrário! As cooperativas têm um grande papel no desenvolvimento econômico do país e das comunidades. Além disso, o cooperativismo promove uma sociedade mais justa e igualitária. Vamos, então, desvendar alguns mitos sobre nosso modelo de negócio?

Mito 1: Cooperativas não são competitivas

Se engana quem pensa que as cooperativas não são competitivas nem relevantes no mercado. O Anuário do Cooperativismo Brasileiro revela que, em 2023, as 4.509 coops brasileiras somaram cerca de R$ 1,16 trilhões em ativos e R$ 94 bilhões em capital social.

As cooperativas também marcam uma grande presença na exportação. De acordo com o Anuário, as organizações exportaram, mais de US$ 8 bilhões em 2023. Isso significa que o cooperativismo foi responsável pela venda de 2,5% de tudo o que foi comercializado pelo Brasil.

Mito 2: Cooperativas são apenas para pequenos negócios

O cooperativismo é, sim, um ótimo modelo para pequenos negócios! Mas ele não se restringe apenas a isso - e as cooperativas brasileiras de grande porte não nos deixam mentir. Há grandes cooperativas que são gigantes em seus segmentos, do agronegócio ao setor financeiro; da saúde complementar ao varejo. 

O levantamento Forbes Agro 100, que reúne as 100 maiores organizações do setor agropecuário brasileiro, conta com a presença de 18 cooperativas. A Copersucar, que está em 9º lugar, representa o país no TOP 10, mas as outras não ficam muito para trás. Outros nomes como C.Vale, Lar Cooperativa Agroindustrial e Aurora Coop ocupam posições no top 20.

Os ramos de saúde e crédito também contam com gigantes. A Unimed é considerada a maior assistência médica do país, com cerca de 341 cooperativas espalhadas pelo Brasil. Já os bancos cooperativos que ganham destaque no cenário nacional são o Sicredi e o Sicoob. Ambos contam com mais de 7 milhões de associados.

Mito 3: Cooperativas de crédito e bancos são a mesma coisa

Bancos privados são organizações que pertencem a um pequeno grupo de indivíduos que têm controle sobre todas as decisões e focam em gerar lucro. As cooperativas de crédito, por sua vez, possuem uma estrutura organizacional completamente diferente.

O princípio da gestão democrática garante que todos os cooperados sejam donos da organização, tenham direitos iguais e opinem nas estratégias e iniciativas apresentadas durante as assembleias. Além disso, as cooperativas de crédito não visam o lucro, e sim o desenvolvimento dos associados e da comunidade onde estão inseridas.

Por esse motivo, as cooperativas cumprem uma função importante de bancarização no país, sobretudo no interior. Enquanto os bancos tradicionais fecham agências, as cooperativas abrem postos de atendimento.  Em 368 municípios elas são, inclusive, a única instituição financeira disponível, revela um estudo do Sistema OCB com a Fundação Instituto de Pesquisa (Fipe).  

Mito 4. Cooperativas são entidades filantrópicas

Como vimos, cooperativas não almejam lucro e, portanto, são entidades filantrópicas, certo? Errado! As cooperativas desenvolvem atividades econômicas, visando gerar renda e trabalho para seus membros. Tanto é que no lugar do lucro, as cooperativas têm sobras. 

Os conceitos até são parecidos, mas não são a mesma coisa. Em organizações tradicionais, chamamos o excedente financeiro, após o pagamento de todas as despesas, de lucro. No cooperativismo, o saldo positivo é chamado de sobras, já que o propósito é o desenvolvimento econômico e social dos cooperados e da cooperativa.

Portanto, para que possam ser sustentáveis, competitivas e agentes de transformação, as cooperativas precisam buscar bons resultados financeiros, só que com o diferencial de fazer isso pensando na comunidade. 

Mito 5: Cooperativas são pouco inovadoras

O quinto princípio do cooperativismo fica responsável por desvendar esse mito. Mais do que oferecer produtos e serviços úteis para a população, as cooperativas sempre buscam melhorá-los.

Algumas organizações, como a Cooperativa Santa Clara, contam com comitês e equipes de inovação focados em buscar, estudar, desenvolver e implementar projetos inovadores. O objetivo das cooperativas é sempre oferecer os melhores e mais sustentáveis serviços aos cooperados, enquanto mantêm a competitividade.

As propostas de inovação são diversas, cada uma resolvendo dores dos clientes, cooperados e da própria cooperativa. E você pode conferir centenas de cases de inovação de todos os ramos do cooperativismo no InovaCoop!

Mito 6: O modelo cooperativista é frágil no longo prazo

Qualquer novidade gera insegurança e medo do fracasso, mas você, nem as cooperativas, precisam se preocupar com isso. Mesmo com princípios diferentes das instituições tradicionais, o cooperativismo é um modelo de negócios de sucesso.

Por estarem sempre atentas a mudanças e inovações, as cooperativas mantêm a competitividade e seu espaço no mercado. Prova da perenidade das coops é a Sicredi Pioneira, a primeira cooperativa de crédito do Brasil. Criada em 1902, a organização segue impactando a região onde atua e promovendo uma sociedade mais justa.

E não é só a cooperativa de crédito que mantém a perenidade. Segundo o AnuárioCoop 2024, mais da metade das cooperativas brasileiras existentes têm mais de 20 anos de atuação.

Mito 7: O cooperativismo só funciona em poucos setores

Quando pensamos em cooperativas espalhadas pelo Brasil, as primeiras que vêm à mente são organizações agropecuárias, como a Coamo e a Aurora, e de crédito, como o Sicredi e o Sicoob, além da Unimed, líder global em saúde

No entanto, isso não significa que não existem coops de outros setores da economia que também fazem sucesso. Dentro do sistema cooperativista existem sete ramos, são eles:

  1. Agropecuário

  2. Crédito

  3. Transporte

  4. Trabalho, Produção de Bens e Serviços

  5. Saúde

  6. Consumo

  7. Infraestrutura

E a diversidade não para por aí. Em cada um dos setores, há inúmeras cooperativas que possuem focos e públicos diferentes. No ramo de transporte, por exemplo, as organizações podem prestar serviços de transporte individual, coletivo, escolar e de carga.

As cooperativas de trabalho também são bastante diversas. A UniJazz Brasil, por exemplo, é uma cooperativa de músicos que promove arte e educação. Tem cooperativa de TI, de educação, de catadores de material reciclado - e muito mais.

Cada cooperativa, ainda que do mesmo ramo, resolve dores específicas da comunidade e dos cooperados. Por conta disso, cada uma tem suas particularidades e seus pontos de ação.

Mito 8: As cooperativas não têm um movimento organizado

Grande mito! As cooperativas podem contar com o Sistema OCB. Para dar conta de auxiliar e alavancar as cooperativas, o Sistema OCB é composto por três entidades: a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).

  • Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop): representa e defende os interesses das cooperativas em âmbito nacional. É a entidade máxima da OCB.

  • Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB): responsável por defender o interesse das cooperativas, oferecer ajuda e suporte às coops, e promover melhorias e inovações em todos os ramos do setor.

  • Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop): responsável por capacitar todos os cooperados por meio de cursos de formação profissional ou treinamentos.

Conclusão: não caia nos mitos do cooperativismo!

O cooperativismo tem se mostrado um modelo de negócio promissor e relevante para a economia brasileira e global. Presentes em diversos setores da economia, as cooperativas geram empregos e promovem a melhoria da qualidade de vida dos cooperados e da comunidade.

Fica claro, portanto, que o cooperativismo é um modelo que luta por uma sociedade mais justa e igualitária, e, por conta disso, deve ser reconhecido e valorizado. E é isso que nós do SomosCoop queremos fazer!

Com os mitos desvendados e esclarecidos, clique aqui e comece seus estudos sobre o coop ou se preferir, assista a playlist completa sobre o nosso modelo de negócios.

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3 lições do filósofo Clóvis de Barros Filho sobre o cooperativismo

Reconhecido por traduzir conceitos complexos de filosofia e ética em uma linguagem simples e direta, o filósofo, escritor e professor Clóvis de Barros Filho viaja o Brasil com palestras em que mescla questões filosóficas e reflexões sobre a vida de forma bem-humorada. Em seu livro Xá-Ku-Nóis: sobre cooperação, confiança e mudança, escrito em parceria com o consultor de cooperativas Geraldo Trindade, Barros mostra como o cooperativismo pode ajudar a melhorar a vida das pessoas e comunidades por meio da ação conjunta, soma de esforços, mudança de atitudes, parceria e confiança.

“Quando podemos dizer que uma cooperativa é bem-sucedida? Quando ela se transforma em um espaço onde as pessoas se sentem mais potentes e alegres. As iniciativas cooperativistas têm esse papel de trazer felicidade às pessoas”, afirmou Barros em palestra para representantes de cooperativas durante o World Coop Management (WCM 2024), em outubro do ano passado. 

De acordo com os autores, por ser um modelo de negócios baseado em princípios e valores, o cooperativismo não é apenas um sistema econômico de sucesso, mas também uma maneira eficaz de contribuir com o desenvolvimento da sociedade. Ele inspira mudança, ajuda a construir relações de confiança e fomenta a ajuda mútua. 

“O livro foi pensado inicialmente para atender ao público cooperativista [cooperados, dirigentes e colaboradores], porém, depois de concluído, vimos que o conteúdo atende a qualquer pessoa que tenha interesse nos temas cooperação, confiança e mudança”, afirma Trindade. O cooperativismo precisa ser mais divulgado, visto e entendido como uma ferramenta para melhorar a vida das pessoas, para melhorar as comunidades, enfim, para melhorar o mundo”, acrescenta o co-autor.

Veja três lições apresentadas por Clóvis de Barros Filho e Geraldo Trindade sobre filosofia e cooperativismo e como cada conceito está relacionado aos princípios e valores do movimento. 

1- Cooperação

“Quem coopera opera com mais alguém. Não cansaremos de repetir. Só faz sentido cooperar na certeza de que alguma outra pessoa também o faça.”

O cooperativismo é baseado na união das pessoas e valoriza o interesse coletivo, a participação democrática e a solidariedade, de forma que todos possam progredir e ter benefícios, sejam eles econômicos ou sociais. As cooperativas permitem que todos tenham oportunidades e contribuem com uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável. 

Valores associados: democracia, solidariedade, ajuda mútua.

Princípios associados: intercooperação, gestão democrática.

2- Confiança: 

“Eis a confiança, trata-se de uma certeza sem verificação. Certeza sobre as coisas do mundo, claro. Mas também sobre o comportamento das outras pessoas.”

No cooperativismo, o trabalho é movido por objetivos em comum e a atuação conjunta é fundamental para alcançá-los, com cada um fazendo a sua parte. O senso de pertencimento incentiva os cooperados a atuarem com propósito, sabendo que os demais também colaboram para alcançar os mesmos resultados. Além disso, a participação democrática nas decisões aumenta a confiança entre a cooperativa e seus associados. 

Valores associados: honestidade, transparência e responsabilidade.

Princípios associados: educação, formação e informação.

3- Mudança: 

“Cooperação é uma atividade que requer relação entre duas ou mais pessoas, com o propósito comum de agir sobre o mundo e transformá-lo. Para tanto, somam esforços, agregam competências, articulam funções específicas e tomam decisões em respeito a essa especificidade.

Fazer parte de uma cooperativa impulsiona ações e atitudes de mudança em seus cooperados que se refletem em benefícios que vão muito além do econômico, como iniciativas de sustentabilidade ambiental e ações de impacto social para as comunidades. 

Valores associados: responsabilidade social, preservação ambiental e solidariedade.

Princípios associados: compromisso com a comunidade.

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