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Na estrada com Glenda Kozlowski: “O cooperativismo tem uma força enorme para transformar o país”, diz apresentadora

Em mais de 30 anos de carreira no jornalismo, Glenda Kozlowski sempre acreditou que por trás de cada conquista, há uma grande história. Na cobertura dos maiores eventos esportivos do mundo, como Olimpíadas, Copas do Mundo e Pan Americanos, sempre se interessou em saber como cada atleta chegou até ali: sua trajetória pessoal, familiar, os desafios pelo caminho. 

Com esse olhar, há três anos ela tem descoberto o cooperativismo. No lugar de estádios e arquibancadas, agora visita plantações, hospitais, instituições financeiras, escolas e fábricas. Percorrendo o Brasil de Norte a Sul com a websérie SomosCoop na Estrada, Glenda tem visto de perto como as cooperativas estão liderando uma verdadeira revolução socioeconômica em várias partes do país. 

Em três temporadas, a série já retratou cooperativas de todos os ramos, mostrando o trabalho de brasileiros de diferentes regiões, culturas e sotaques, mas com uma coisa em comum: o orgulho de ser cooperativista. 

“As cooperativas têm esse poder de fazer as pessoas se sentirem parte de algo maior. Vi famílias inteiras trabalhando juntas e transformando suas histórias e suas comunidades”, contou a apresentadora, que também é embaixadora do Ano Internacional das Cooperativas, em entrevista durante a Semana de Competitividade, em Brasília. 

Diante de profissionais de comunicação e marketing de cooperativas de todo o país, Glenda falou sobre a importância de comunicar com impacto e propósito para que o cooperativismo seja ainda mais conhecido e reconhecido pelos brasileiros. Durante o evento, também lançou a quarta temporada do SomosCoop na Estrada, em que percorre sete estados do Norte e Nordeste do Brasil, mostrando como as cooperativas têm construído um mundo melhor nessas regiões. 

Leia a entrevista completa: 

Sistema OCB: Como está sendo para você a missão de embaixadora do Ano Internacional das Cooperativas no Brasil?

Glenda Kozlowski: É uma grande responsabilidade. Não basta só ser embaixadora ou falar sobre o cooperativismo, é preciso, primeiro conhecer os conceitos do cooperativismo, absorver esses princípios que venho aprendendo há três anos, viajando pelo Brasil e visitando cooperativas do país inteiro. E o nosso país é enorme. Se você vai em uma cooperativa do Sul e depois em uma no Norte, apesar da distância, existe um sentimento que une todas elas, que é a ideia de “eu mais você” e não “eu contra você” e isso é muito bonito.  Eu fico muito feliz como embaixadora porque é um assunto que me emociona muito, um assunto sobre o qual a gente tem que falar mais. Temos que mostrar esse Brasil do cooperativismo, que é um Brasil que produz, que é unido, que se apoia, um Brasil rico, um Brasil que está em todas as classes sociais. 

Quais foram os momentos mais marcantes das três temporadas de SomosCoop na Estrada até agora? O que você aprendeu com o cooperativismo que está levando para sua vida?

Eu me emociono muito com histórias humanas, minha vida no jornalismo foi contando histórias humanas. E passando pelas cooperativas, tanto as maiores quanto as pequenas, eu vi uma sensação de pertencimento. No meio do sertão, um cooperado está ali produzindo e ganha força, se sente ouvido, se sente parte de algo muito maior, mesmo que ele esteja em uma cidade pequenininha, no meio do nosso país. E acredito que cooperativismo é justamente isso, o que eu levo para minha vida é essa questão do pertencimento. As cooperativas têm esse poder de te fazer sentir parte de algo maior. E você aprende isso não competindo com o outro, mas dando a mão para o outro, puxando o outro, levantando o outro, porque assim todo mundo ganha. E assim eu vi famílias inteiras se transformarem. Pessoas que não tinham nada e que começaram a trabalhar juntas dentro da cooperativa e aquilo foi transformando a família, o bairro, a comunidade, a cidade. Quando a gente conseguir apresentar esse lado do cooperativismo, vamos mostrar que temos uma força enorme para transformar o nosso país. 

Como é possível comunicar para a sociedade esse poder de transformação do cooperativismo para que essa mensagem chegue a mais pessoas? 

Acredito que seja mostrando histórias, é o melhor jeito. Quando eu comecei no jornalismo esportivo, não se contavam histórias humanas. Os atletas eram muito distantes da gente, das pessoas comuns. E aí a gente começou um movimento de contar aquelas histórias. De que forma? Indo na casa do atleta, entrevistando a mãe, o pai, o vizinho, o tio, a avó, o avô, a professora na escola, os amigos que cresceram, para trazer aquele lado humano. Então, a gente foi contando essas histórias e  criando essa identidade. E acredito que no cooperativismo a gente precisa mostrar cada vez mais  histórias. É preciso dar voz e rosto ao trabalho das quase 5 mil cooperativas espalhadas pelo nosso país. As pessoas precisam ver essas histórias para se identificarem, porque, na verdade, todos nós vivemos as mesmas alegrias e as mesmas dores, os mesmos desafios e as mesmas conquistas.

Tem duas histórias que me marcaram muito, a primeira foi da Coostafe, uma cooperativa que funciona dentro de uma penitenciária feminina no Pará. Quando você entra na penitenciária e escuta a história daquelas mulheres, você vê o trabalho fundamental da cooperativa para que elas tivessem uma oportunidade, pudessem olhar para o futuro de uma forma diferente, através da costura. E ali você vê o humano. Porque todos nós erramos. A gente erra, acerta e tem que saber perdoar. E a gente tem que recomeçar sem ter vergonha e nem culpa do que a gente fez no passado.

Outro episódio que me marcou muito foi em uma cooperativa do Sul, a Cotrijal, que tem um projeto de reflorestamento. Eles cuidam de todo o processo de pegar as sementes, formar a muda e passar adiante para ser plantada e virar árvore. E isso é feito por crianças e jovens com deficiência. Pessoas que não tinham espaço na sociedade, que estavam esquecidas em suas casas. E ali elas estão juntas, trabalhando, se sentindo úteis. E conhecemos também as mães, super emocionadas, dizendo: 'olha a oportunidade que o meu filho está tendo, eu nunca imaginei que seria possível'. Isso é cooperativismo. O coop é inclusivo, ele abraça todo mundo. 

O que podemos esperar da quarta temporada do SomosCoop na Estrada? 

Vamos continuar contando histórias como essas. Por exemplo, eu nunca tinha ido ao Acre. Quando você chega lá e começa a conversar com as pessoas, começa a entender que o cooperativismo tem sido parte da transformação do estado. As cooperativas são muito fortes tanto no interior do Acre como na capital, elas estão transformando vidas. Por exemplo, conhecemos uma cooperativa de reflorestamento que conseguiu transformar a paisagem de 80% de uma comunidade. Onde já não tinha vida, só tinha terra, mato, eles conseguiram plantar floresta nativa de novo, floresta amazônica. Um dos cooperados me disse assim: “ meu sonho agora é pegar a semente de uma árvore que eu plantei". E isso vai acontecer, ele vai conseguir colher o fruto daquilo que plantou. 

E nós, o que o cooperativismo está plantando nesse Ano Internacional das Cooperativas? 

Acredito que estamos plantando transformação. É isso que a gente tem que plantar. E esse é um trabalho de formiguinha, esse trabalho de contar histórias, de mostrar, de dar voz para essas pessoas que a gente transforma. Por onde o cooperativismo passa, ele transforma. E transforma para melhor.

Assista ao primeiro episódio da quarta temporada da série SomosCoop na Estrada:

Imagem que ilustra a 4 temporada
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SomosCoop na Estrada estreia nova temporada

Prepare a mochila e o coração, porque o SomosCoop na Estrada está de volta! A quarta temporada da nossa websérie já está no ar e promete levar os expectadores a uma jornada emocionante pelas regiões Norte e Nordeste do Brasil, com histórias que mostram o cooperativismo em sua essência: gente que transforma dificuldades em oportunidades, com união, trabalho coletivo e propósito. 

Quem trouxe a novidade foi a apresentadora e embaixadora do Ano Internacional das Cooperativas, Glenda Kozlowski, durante a plenária Comunicação com Propósito na Semana de Competitividade 2025. E ela resume bem o espírito dessa temporada: “A gente vai para lugares onde antes não havia nada, e hoje há dignidade, autoestima e transformação. É realmente muito bonito ver isso acontecendo por causa do cooperativismo”. 

E não é só bonito — é necessário, é real, é urgente. Em cada episódio, a série mostra como as cooperativas estão presentes nas regiões mais diversas e, muitas vezes, quase invisíveis do país. De comunidades ribeirinhas no Amazonas até o sertão do Piauí, passando por escolas no Ceará e agroindústrias no Tocantins, são retratadas histórias de quem faz do cooperar uma ferramenta poderosa de mudança social e desenvolvimento sustentável. 

Com produção leve, narrativa envolvente e um olhar humano sobre os desafios e conquistas de cada local, a websérie aposta na força das pessoas para mostrar que sim, um Brasil mais justo e próspero é possível — e já está sendo construído, todos os dias, pelas mãos de milhares de cooperados e cooperadas. 

Confira os episódios da quarta temporada:  

  • 09/06 – Mel do Sertão (PI): Apicultores enfrentam o semiárido com coragem e fazem do mel um símbolo de resistência. Já disponível no Youtube e no site oficial da websérie.   

  • 18/06 – Uniodonto Fortaleza (CE): Dentistas cooperados promovem saúde bucal e autoestima em escolas públicas. 

  • 25/06 – Coapa (TO): Mulheres ocupam espaços de liderança no agro e mostram que lugar de mulher é onde ela quiser — inclusive no campo. 

  • 02/07 – Coopprojirau (RO): Uma cooperativa que planta esperança com o reflorestamento de áreas degradadas. 

  • 09/07 – Cooperacre (AC): Da floresta para o mundo: extrativistas conectam a Amazônia ao mercado com castanha e borracha. 

  • 16/07 – Coottalmar (MA): Nos Lençóis Maranhenses, turismo e consciência ambiental andam de mãos dadas. 

  • 23/07 – Canoeiros da Cachoeira (AM): Canoeiros promovem o turismo de base comunitária em meio à natureza exuberante. 

  • 30/07 – Copamart (AM): Artesanato com fibras naturais revela a força, a criatividade e a tradição das mulheres amazônidas. 

Os novos episódios serão lançados semanalmente. Não perca! Essa é mais uma chance de conhecer um Brasil real, inspirador e cheio de gente que não espera as coisas mudarem — mas faz acontecer, junto e com propósito. 

Porque quando o Brasil coopera, ele vai mais longe. E a gente vai junto! 

Saiba Mais: 

https://www.somos.coop.br/noticias/chega-ao-fim-a-terceira-temporada-do-somoscoop-na-estrada 

https://www.somos.coop.br/nossas-acoes/somoscoop-2025-a-coopera%C3%A7%C3%A3o-pode-transformar-o-brasil 

https://www.somos.coop.br/noticias/melhor-da-noite,-da-band-destaca-o-cooperativismo 

imagem com vários produtos somoscoop

5 motivos para comprar produtos de cooperativas

As cooperativas fazem parte do dia a dia dos brasileiros. Em 2024, uma pesquisa do Sistema OCB revelou que 77% dos entrevistados conheciam pelo menos uma coop e que para 63% das pessoas o fato de um produto ser cooperativista influencia diretamente sua decisão de compra. 

O cooperativismo produz alimentos e bebidas – como grãos, carnes, lácteos, café e vinho –, roupas, calçados, acessórios, móveis, peças artesanais, além de serviços nas áreas de educação, saúde, finanças e infraestrutura. Todos eles têm um diferencial: são feitos de forma justa, inclusiva e sustentável. 

“O cooperativismo é um modelo de negócios que tem o que o novo consumidor busca: confiança e propósito. Além da qualidade dos seus produtos e serviços, as cooperativas se destacam por valorizar a sustentabilidade, diversidade, inclusão, transparência e atendimento ao cliente. E cada vez mais brasileiros estão fazendo essa escolha”, afirma a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta.

Identificar os produtos das cooperativas é fácil: eles têm o carimbo SomosCoop, uma marca nacional que garante a identidade cooperativista, representa confiança, ética, responsabilidade social e compromisso com o desenvolvimento sustentável.

Reunimos 5 motivos para mostrar que comprar de cooperativas é um bom negócio, com exemplos práticos: 

1- Garantia de qualidade e procedência

Quando você escolhe o produto ou serviço de uma cooperativa pode ficar tranquilo sobre a origem e as condições adequadas de produção. No cooperativismo, as pessoas estão em primeiro lugar e isso faz a diferença para quem produz e quem consome. As cooperativas valorizam boas práticas,  respeitam normas sanitárias, ambientais e trabalhistas e têm compromisso com a qualidade. Muitas coops também têm produtos com certificação de origem e rastreabilidade, que permitem identificar com precisão onde e como um produto foi feito. 

Na Cooperativa de Produção e Desenvolvimento do Povo Paiter Suruí (Coopaiter), que atua na Terra Indígena Sete de Setembro – divisa entre Rondônia e Mato Grosso –  200 cooperados indígenas produzem café e castanha de forma sustentável, em meio à floresta. O café da cooperativa já recebeu um prêmio nacional e abastece a maior indústria do país. 

2 - Valorização do trabalho justo e da produção sustentável

As cooperativas geram emprego e renda e promovem o trabalho decente. Segundo dados do Anuário do Cooperativismo 2024, as coops brasileiras geram 550.611 empregos diretos e pagam cerca de R$31 bilhões em salários e encargos. Tudo isso sem abrir mão de processos que garantem a preservação do meio ambiente, com o uso responsável dos recursos naturais, valorização da energia renovável, gestão de resíduos e práticas agrícolas sustentáveis, promovendo um ciclo produtivo responsável e consciente.

A Coopercitrus, gigante do ramo agropecuário, é reconhecida internacionalmente por práticas sustentáveis e uso de tecnologias inovadoras para promover a agricultura regenerativa. A cooperativa promove o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas e utiliza técnicas como o plantio direto, que protege o solo e ajuda a evitar a emissão de gases de efeito estufa. 

3- Consumo com propósito

O consumidor consciente busca marcas que têm compromisso verdadeiro com as pessoas e com a sustentabilidade. As cooperativas estão alinhadas a essa demanda e têm seu papel para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com um modelo de negócios que valoriza a diversidade, a inclusão e a distribuição justa dos resultados, as coops têm contribuído para a redução da pobreza, combate à fome, igualdade de gênero, educação de qualidade, trabalho decente e outras metas globais. 

A Sabor do Canto, cooperativa formada em Belo Horizonte (MG), é um exemplo de como o cooperativismo pode ser uma ferramenta de transformação social. Criada para organizar e oferecer oportunidades a pessoas em situação de rua, a coop produz lanches e presta serviços de alimentação para eventos. Parte da produção é destinada para Centros de Referência para Pessoas em Situação de Rua da região central da capital mineira. 

4- Fortalecimento da economia local

Cada vez que você escolhe o produto de uma cooperativa, essa decisão tem impacto sobre toda a comunidade. Um estudo do Sistema OCB e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) comprovou que a presença do cooperativismo melhora os indicadores econômicos de um município. De acordo com a pesquisa, cidades com cooperativas têm, em média, um incremento de R$ 5,1 mil no Produto Interno Bruto (PIB) por habitante e um adicional de 28,4 novos empregos formais por 10 mil habitantes. Onde tem coop, há geração de valor e mais prosperidade para as pessoas. 

No interior da Bahia, em Uauá, um pequeno município de 25 mil habitantes, a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc) reúne 285 famílias de agricultores, que produzem umbu e maracujá do mato e transformam as frutas em doces, compotas, geleias, sucos e polpas. Com a cooperativa, os produtores garantem acesso a mercados e preços justos. Além dos benefícios diretos para os cooperados, a Coopercuc gera impacto positivo para mais de 2,5 mil pessoas na cidade, com ações de desenvolvimento sustentável, geração de renda e fortalecimento da agricultura familiar na região. 

5- Distribuição justa dos resultados entre quem produz

Ao contrário de empresas tradicionais, as cooperativas distribuem seus resultados entre os cooperados – que são sócios e donos do negócio –  promovendo justiça econômica. Em todos os segmentos em que o cooperativismo atua, o princípio é o mesmo: cada cooperado recebe uma parte dos resultados proporcionalmente à sua contribuição e tem mais oportunidades de prosperar. O impacto dessa forma de gestão é ainda mais visível entre pequenos empreendedores e profissionais que formam cooperativas para alcançar mais consumidores e mercados. 

Nas cooperativas de crédito – como Sicredi, Sicoob, Ailos, Cresol e Unicred – os resultados financeiros (as chamadas sobras) são distribuídos entre os cooperados diretamente na conta, ao final de cada ano. Além disso, uma parcela significativa dos recursos é reinvestida nas comunidades, financiando projetos e iniciativas que beneficiam diretamente os cooperados e suas famílias.

ilustração da marca do CoopsDay
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Coops Day 2025: cooperativas mostram sua força por um mundo melhor

No primeiro sábado de julho, o cooperativismo vai ocupar as ruas, os prédios e as redes sociais com uma mensagem poderosa: cooperativas são parte da solução para um mundo mais justo, sustentável e inclusivo. É o Coops Day 2025, o Dia Internacional das Cooperativas, que este ano traz o tema Cooperativas: promovendo soluções inclusivas e sustentáveis por um mundo melhor

O tema foi definido pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), alinhada com o Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela ONU. Aqui no Brasil, a data vai ser celebrada com uma campanha nacional que promete muita visibilidade e engajamento. 

A ideia é simples e impactante: no sábado, 5 de julho, prédios icônicos de cinco capitais — Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Belém — vão virar telões para projeções que destacam o papel transformador do cooperativismo. As imagens e mensagens projetadas vão reforçar como as cooperativas estão na linha de frente de temas como inclusão social, proteção ao meio ambiente e desenvolvimento econômico. 

E tem mais: influenciadores digitais locais foram convidados para assistir às projeções e gravar suas reações. Esses vídeos vão circular nas redes sociais, ampliando o alcance da campanha e conectando a mensagem do cooperativismo a diferentes públicos e realidades. Tudo será registrado e publicado nas redes do Movimento SomosCoop na segunda-feira, 7 de julho, além de aparecer em grandes portais como Metrópoles e Estadão. 

Celebrado desde 1923 e oficialmente reconhecido pela ONU desde 1995, o Dia Internacional das Cooperativas é um lembrete do poder que temos quando cooperamos. E em 2025, esse poder vai brilhar, literalmente. 

Saiba Mais: 

https://www.somos.coop.br/nossas-acoes/somoscoop-2025-a-coopera%C3%A7%C3%A3o-pode-transformar-o-brasil 

https://www.somos.coop.br/noticias/o-agro-brasileiro-%C3%A9-coop-cooperativas-se-destacam-no-setor 

https://www.somos.coop.br/noticias/5-boas-raz%C3%B5es-para-confiar-nas-cooperativismo 

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União de cooperativas garantiu energia para gaúchos na enchente de 2024

Um ano atrás, quando o Rio Grande do Sul enfrentou a pior tragédia climática da história do estado, o cooperativismo protagonizou uma das maiores ações de solidariedade do país, garantindo energia elétrica para as comunidades que viviam em regiões devastadas pelas enchentes. 

A Certel Energia, maior e mais antiga cooperativa de eletrificação brasileira, viu 43 mil associados ficarem sem luz por causa das chuvas, em meio a um cenário devastador. Apenas no Vale do Taquari, umas das regiões mais afetadas, mais de 150 quilômetros de redes de energia da cooperativa foram afetados. 

Com cidades inteiras submersas, estradas fechadas, funcionários desalojados e equipamentos destruídos, o desafio para restabelecer a energia era enorme. Mesmo com todos os colaboradores empenhados na tarefa, o trabalho levaria meses para ser concluído. A solução foi colocar em prática um dos princípios do cooperativismo: a intercooperação, com a união de coops do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo para reconstruir o que foi perdido e garantir energia elétrica para parte da população. 

Diante desse cenário, nasceu o projeto “Até o último associado”, que mobilizou 450 profissionais de 24 cooperativas de infraestrutura: Certel, Cermissões, Creluz, Ceriluz, Coprel, Cerfox, Creral, Celetro, Certaja, Certhil, Cooperluz, Coopersul, Cervale, Coopernorte, Cosel, Ceprag, Cerbranorte, Coopercocal, Cersul, Ceraçá, Cooperaliança, Cetril, Cervam e Cerpro. Empreiteiras e prefeituras também participaram da força-tarefa.

“Cheios de força de vontade e com o respaldo de suas cooperativas, o movimento permitiu ampliar significativamente a capacidade de reconstrução das redes. Um grupo que trabalhou com coragem e de forma incansável, entre chuva, lama, frio e noites a fio”, lembra o presidente da Certel, Erineo Hennemann.

Cooperação e resultados 

Juntas, as cooperativas conseguiram realizar em pouco mais de 20 dias o trabalho que a Certel levaria dois meses se atuasse sozinha. “No dia 24 de maio, 24 dias depois do desastre, a energia foi restabelecida até o último associado”, conta o gestor. 

Ao todo, foram 60 mil horas de força de trabalho adicional para levar energia de volta a todos os clientes da Certel, considerando as equipes técnicas de outras cooperativas e as empreiteiras contratadas. Itens como mão de obra e caminhões, além de materiais e equipamentos, foram cedidos pelas cooperativas parceiras para apoiar a reconstrução das redes de distribuição de energia atingidas. 

Além da atuação mais rápida e da economia de recursos com a atuação voluntária dos técnicos cooperativistas, Hennemann destaca a união como um dos grandes resultados do projeto. “Apesar de toda a dificuldade, trabalhamos de forma incansável com a resiliência que somente a intercooperação nos proporciona. Celebramos laços que ultrapassam as fronteiras do estado, fortalecemos o movimento cooperativo e mostramos, mais uma vez, nosso valor e força para quem mais nos importa: nosso associado e a sua comunidade”. 

Em 2024, a iniciativa foi reconhecida com o Prêmio SomosCoop Melhores do Ano na categoria Intercooperação. O prêmio é entregue pelo Sistema OCB aos melhores projetos cooperativistas do país. 

Um ano após a missão, o presidente da Coprel, Jânio Vitalfa, faz questão de lembrar a força da atuação em conjunto para apoiar a população do Rio Grande do Sul a superar a tragédia. “A intercooperação foi crucial naquele momento de crise, mobilizou pessoas e reafirmou o espírito de união, amizade e cooperação”. 

O presidente da Cooperativa de Eletricidade de Praia Grande (Ceprag), Patrique Alencar, lembra que o trabalho e apoio não se restringiram à reconstrução do sistema e restabelecimento de energia para os municípios. “O mais importante foi mostrar nossa solidariedade, fortalecendo o cooperativismo e vivendo a verdadeira intercooperação”. 

Além de recursos materiais importantes para vencer o desafio das enchentes, a intercooperação também fortaleceu atitudes de esperança, solidariedade e apoio mútuo por meio dos princípios cooperativistas, que ficaram marcados na memória do colaborador da Cerbranorte Deivid Aguiar. 

“Todos os que estavam lá tinham o propósito de fazer o máximo possível para que tudo se restabelecesse o quanto antes. Aprendi grandes lições de vida, das quais jamais irei esquecer. Sinto-me honrado em poder contribuir, foram dez dias de muito trabalho com um cenário triste, comunidades destruídas, muita lama e chuva”.

 

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